O interesse de McLuhan em estudar meios de comunicação parece repousar em grande medida em seu pressuposto segundo o qual constantemente tendemos a interpretar mal a natureza de todo e qualquer meio. PoderÃamos chamar isso de pressuposto do efeito enganador de mÃdia. Não é exagero dizer que na concepção dos meios de comunicação como "extensões do homem", McLuhan faz um movimento desconstrucionista contra a tradição intelectual do Ocidente, uma vez que esta tradição concebe a mÃdia apenas como instrumentos, ou seja, como algo simplesmente colocado entre nós e um determinado objetivo, portanto, deixandoâ€nos completamente inertes. Desta forma, já o termo "meio" enganaâ€nos de tal maneira que não podemos compreender a tecnologia em seus efeitos mais profundos, que vão muito além da utilização de qualquer suporte. Ao considerar a mÃdia como "extensões do homem", o alvo de McLuhan é o caráter enganador da tecnologia. O objetivo desta apresentação é examinar o movimento de McLuhan, ao considerar a mÃdia como "mensagens" e como "extensões do homem", e não apenas como instrumentos, ou seja, não apenas como mÃdia.
McLuhan's interest in studying media seems to rest to a great extent on his presupposition according to which we regularly tend to misunderstand the nature of any and each medium. We could call this the presupposition of the deceiving effect of media. It is not an exaggeration to say that in conceiving of media as "extensions of man," McLuhan makes a deconstructionist move against the Western intellectual tradition, since this tradition conceives of media merely as instruments, that is, as something merely posed between us and a certain goal, therefore, letting us completely unaltered. In this way, already the term "medium" misleads us in such a way that we cannot understand technology in its deeper effects, which reach far beyond the uses of any medium. In considering media as "extensions of man," McLuhan's target is the deceiving character of technology. The aim of this presentation is to examine McLuhan's move in considering media as "messages" and as "extensions of man," and not merely as instruments, that is, not simply as media.