Alguns autores definem a sociedade contemporânea como uma civilização da imagem,
cujas consequências levariam ao empobrecimento da experiência e à produção técnica de
uma amnésia generalizada. Em oposição a esta perspectiva, preferimos abordar as imagens
no interior da mediatização – pensada como processo interacional de referência, lacunar
e incompleto. Acreditamos que é preciso investigar os lugares em que a vida se encena
com as imagens e para além delas. A partir da cosmogonia grega, associamos memória Ã
experiência estética e argumentamos que a música pode ser um dispositivo de memória
privilegiado ainda nos dias atuais. Para testar nossa hipótese, ensaiamos a análise da canção
Triste Bahia, de Caetano Veloso.
Some authors define contemporary society as a culture image, whose consequences would
lead to an impoverishment of experience and to the technical production of a general amnesia.
In opposition to this perspective, we would rather approach the images within mediatization
- thought as an interactive reference process, incomplete and faulty. We believe
it is necessary to inspect the places where life is played with images and beyond them.
From the Greek cosmogony, we associate memory to the aesthetic experience arguing that music can be a privileged memory device still nowadays. To test our hypothesis, we rehearsed
the analysis of the song Triste Bahia, by Caetano Veloso.