Levando–se em conta os leitores do século XXI, ao debruçar-se sobre a participação da Igreja
católica brasileira na preparação do ConcÃlio Vaticano II, o presente estudo parte de três perguntas:
a) o quê interessa saber sobre a participação brasileira? b) É este um tema relevante? c) Alguns
brasileiros participaram significativamente na fase preparatória? Para responder apropriadamente a
essas questões os autores propõem um conceito diferente de “participação†na preparação do
Vaticano II por parte do episcopado brasileiro. O artigo não foca apenas a presença deste ou daquele
bispo ou perito nas comissões do ConcÃlio, mas propõe a idéia de que o mais importante foi a autopreparação,
que durante certo tempo permaneceu “latente†e posteriormente se organizou através de
um ConcÃlio com um episcopado jovem, com uma média de idade em torno de 54 anos e 11 de
experiência como bispo. Por isso, conscientes dos problemas pastorais que a realidade do
subdesenvolvimento punha à Igreja, e com uma incipiente experiência de participação colegial,
desenvolvida na construção do Plano de Emergência, este episcopado não só vivenciou em
profundidade o “evento†conciliar, como foi o primeiro a sair dele organizado para colocá-lo em
prática. Daqui a relevância desta reconstrução.
This article aims to show the contribution of the Brazilian Catholic Church in the preparation of the
Second Vatican Council. To fulfill such purpose the present study focus its research in three basic
questions: a) what is important to know about the Brazilian participation? b) Is this a relevant topic?
C) Some Brazilians participate significantly in the preparatory phase? To respond appropriately to
these issues the authors propose a different concept of "participation" in the preparation of Vatican II
by the Brazilian episcopate. The article focuses not only the presence of this or that bishop or the
expert commissions of the Council, but proposes the idea that the most important was the selfpreparation,
which for a time remained "latent" and later was organized by a council with a young
bishop, with an average age around 11 and 54 years of experience as a bishop. Therefore, aware of
the problems that the pastoral reality of underdevelopment put the Church, and with an incipient
experience of participating high school, developed in the construction of the Emergency Plan, the
bishops not only experienced in depth the "event" to reconcile, as was the first it held out to put it
into practice.