Este artigo analisa duas culturas formativas hegemônicas (para a excelência ou para
redenção social), nas práticas de ensino da formação de professores na UFG-Campus
Catalão. O autor apresenta o fenômeno cultural do “ressentimentoâ€, caracterizado por
Nietzsche na Genealogia da Moral e em outras obras nas quais ele também se utiliza do
conceito de “crueldadeâ€. O primeiro, para criticar a cultura formativa da facilitação e da
comiseração; o segundo, para recuperar os valores do rigor, persistência e seriedade no estudo
e no ensino, que foram satanizados por um paradigma pedagógico que o autor chama de
“Pedagogia do Ressentimentoâ€. À guisa de sustentação empÃrica, o texto traz uma análise,
inspirada em informações de algumas pesquisas de campo sobre a “minimização do rigor na
pesquisa e no ensino†nesta região. Além de Nietzsche, o autor dialoga com comentaristas
desse filósofo, como Marton, Chamberlain e Safranski.
This article analyses two hegemonic formative cultures that are present in the
teaching practices and in the teacher’s formation at Universidade de Goiás - CAC. The author
presents the cultural phenomenon of "resentment" characterized by Nietzsche in Genealogy of
Moral and other works, where he emphasizes the concepts: "Resentment" and "cruelty". The
first concept is used to criticize the “pedagogical†culture of commiseration or the“formative
culture of facilitationâ€; the second concept is used to to recover the value of “accuracy†and
“systematization†in the act of studying and teaching, act that have been depreciated (in the
sense of values reversed) by an educational paradigm that the author calls “Pedagogy of
Resentmentâ€. In order to suply an empirical support, the text presents an analysis, inspired by
data of some field researches on "minimizing strictness in research and teaching" in this
region. In addition to Nietzsche, the author establishes a dialog with commentators such as
Marton, Chamberlain and Safranski.