Erotismo, mística e morte: a tríade adeliana

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Editor Chefe: Antonio Geraldo Cantarela/Rodrigo Coppe Caldeira
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Teologia

Erotismo, mística e morte: a tríade adeliana

Ano: 2012 | Volume: 10 | Número: 25
Autores: Cleide Maria de Oliveira
Autor Correspondente: Cleide Maria de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Adélia Prado, Mística, Erotismo, Poesia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo pretende apresentar as principais linhas temáticas da poética de Adélia Prado,
escritora que do primeiro (Bagagem, 1976) ao último livro (A duração do dia, 2010) tem
surpreendido público e crítica com a articulação de temas que o senso comum considera
divorciados, mais propriamente, uma religiosidade mística e uma erótica candente.
Pensar o erótico e o místico em Adélia é pensar o humano circunscrito pelo horizonte da
morte, sabendo-se que, mais do que uma temática, esses são elementos estruturadores e
sustentadores dessa poética que se enraíza em uma corporeidade extrema que assume
corpo e linguagem como abertos para o sagrado. Entretanto, ainda que religiosa, sua
poesia não é ingênua ou catequética e, a experiência mística, à semelhança do que
acontece com os grandes místicos Teresa de Avilla e São João da Cruz, se dá no corpo,
que se torna porta de abertura para o mistério: ‘o mistério vai se mostrar através do
corpo’, diz-nos uma das personagens adelianas.



Resumo Inglês:

The article aims to present the main themes of the poetry of Adelia Prado, a writer who
since the first book (Bagagem, 1976) to the last (A duração do dia, 2010) has surprised
audiences and critics with the articulation of issues that common sense believes divorced,
more properly, a mystical religiosity and a burning eroticism. Thinking about the erotic
and the mystical in Adelia Prado´s poetry means thinking about human being as
circumscribed by the horizon of death, knowing that more than a simple theme, these are
elements of a structured and sustained poetry that is rooted in a extreme corporeality that
assumes body and language as always open to the sacred. However, although religious,
his poetry is neither naive nor catechetical. Such mystical experience, similar to what
happens with the great mystics Santa Tereza de Avilla and São João da Cruz, takes place
in the body, which becomes the gateway to the mystery.