ETNOECOLOGIA DE PLANTAS NATIVAS NA COMUNIDADE DE ESTIRÃO COMPRIDO, PANTANAL MATOGROSSENSE – BRASIL

Revista De Ciências Agro-ambientais

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ISSN: 16791509
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 30/06/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Agronomia

ETNOECOLOGIA DE PLANTAS NATIVAS NA COMUNIDADE DE ESTIRÃO COMPRIDO, PANTANAL MATOGROSSENSE – BRASIL

Ano: 2011 | Volume: 9 | Número: 1
Autores: F.F. de Morais, C.J. da Silva
Autor Correspondente: F.F. de Morais | [email protected]

Palavras-chave: Pantanal, etnoecologia, comunidade tradicional, plantas nativas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esta pesquisa aborda o conhecimento ecológico tradicional sobre plantas nativas na
comunidade de Estirão Comprido, localizada no complexo de Baias de Chacororé e Sinhá Mariana,
às margens do Rio Cuiabá, município de Barão de Melgaço, Pantanal Matogrossense. O objetivo foi
verificar o consenso cultural dos pescadores acerca do conhecimento ecológico tradicional sobre
plantas nativas. Para isto, foram entrevistados 21 pescadores, utilizando a técnica de lista livre, a
qual foi analisada pelo índice de saliência de Smith e análise de consenso cultural, utilizando
programa ANTHROPAC 4.0. Os resultados mostraram que o conhecimento ecológico tradicional
sobre plantas nativas foi de 61 famílias botânicas, distribuídas em 162 etnoespécies, sendo que
destas, nove não foram identificadas cientificamente. A análise do índice de saliência mostrou sete
rupturas na ordenação e freqüência das respostas. A primeira contemplou a espécie Tabebuia
impetiginosa, a segunda quatro espécies e a terceira sete espécies. Nas rupturas subseqüentes,
foram registradas 8, 17, 21 e 103 espécies respectivamente. O consenso cultural dos pescadores
concentrou–se em 23 espécies verificado pela relação entre o primeiro e o segundo fator da análise
(fator 1 = 10,2; fator 2 = 0,62, p. = 0,949). Os pescadores da comunidade de Estirão Comprido
detêm um amplo conhecimento sobre plantas nativas caracterizado pela riqueza de espécies, usos
e práticas, que podem ser utilizados para programas de recuperação de áreas degradadas e
aumento da produtividade de roças e quintais, mantendo a diversidade de espécies, práticas
culturais e a segurança alimentar.