O presente estudo tem como objetivo analisar o estatuto de cientificidade da Educação. Nossa discussão caminha na direção de dissertar sobre o paradigma cientÃfico predominante na contemporaneidade e refletir sobre a sua viabilidade no campo educacional, a partir da análise dos princÃpios cartesianos. O que se tem em pauta é analisar se o atual modelo hegemônico de ciência capta o verdadeiro sentido da educação, tendo em vista que esta se constitui como um processo prático, de natureza prática. À luz deste contexto, levantamos a discussão acerca da cientificidade ou não da educação. Para encerrar, propomos a discussão sobre as ciências da educação, suas configurações, se podemos considerar este campo de saber como ciência ou ciências da educação. O trilhar metodológico da pesquisa pautou-se no procedimento da pesquisa filosófica, ou seja, a busca de aprofundamento de conceitos, com base na revisão bibliográfica. O estudo permitiu perceber que os princÃpios da ciência moderna estão fortemente presentes na nossa vida cotidiana e que, apesar de suas contribuições, eles são limitados. Daà decorre, a insuficiência desse método investigativo nas diferentes áreas do conhecimento, incluindo a educação. ConcluÃmos que essa insuficiência investigativa no âmbito educacional desencadeia a própria falta de clareza sobre seu estatuto epistemológico, refletindo na embaralhada identidade do cientista da educação.