Contextualização: A incontinência urinária (IU) é um sintoma comum que afeta mulheres de todas as idades. A ocorrência de prolapso de órgão pélvico concomitante à IU é muito comum. Objetivo: Avaliar o efeito da presença de prolapso pélvico no resultado de tratamento fisioterapêutico de mulheres com IU. Métodos: Participaram do estudo 48 mulheres com idades entre 35 e 78 anos, as quais foram submetidas a anamnese e avaliação da força de contração do assoalho pélvico (teste bidigital e perineometria). A intervenção fisioterapêutica consistiu em eletroestimulação transvaginal e cinesioterapia (até 15 sessões semanais). Resultados: A maioria das mulheres realizou parto normal (29/46) e teve 2,6±1,5 filhos (de 0 a 7). Apresentaram prolapso pélvico 72,4% das mulheres que realizaram parto normal, 100% das que realizaram cesárea e 77,8% das que realizaram parto normal e cesárea. 48% das mulheres tinham IU mista; 39,5%, IU de esforço e 12,5%; IU de urgência. O tempo de duração dos sintomas variou de dois a 28 anos (7,9±5,3). Detectouse diferença estatÃstica significativa nas comparações pré e pós- tratamento para os músculos do assoalho pélvico, tanto para o grupo de pacientes sem prolapso como para o grupo com. A perineometria pré e pós apresentou diferença estatÃstica significativa apenas
nas pacientes com prolapso (p=0,048). 87,5% das participantes ficaram continentes. Conclusões: O tratamento fisioterapêutico realizado foi eficaz para tratar e/ou curar os sintomas de IU associada ou não ao prolapso pélvico, independente do tipo clÃnico da incontinência. Registro de Ensaios ClÃnicos (Registro Brasileiro de Ensaios ClÃnicos): RBR-3p5s66.
Background: Urinary incontinence (UI) is a prevalent condition that affects women of all ages. Pelvic organ prolapse in conjunction with UI is a common occurrence. Objective: To assess the effect of pelvic prolapse on the outcome of physical therapy treatment for women with UI. Methods: The study included 48 women aged between 35 and 78 years who underwent anamnesis and measurement of pelvic floor strength (bi-digital test and perineometry). The physical therapy intervention consisted of transvaginal electrical stimulation and pelvic floor exercise for up to 15 weekly sessions. Results: The majority of the women had normal delivery and 2.6±1.5 children (range=0-7). Pelvic prolapse was observed in 72.4% of the women who had normal delivery, in 100% of those who had cesarean section, and in 77.8% of those who had both normal and cesarean deliveries. 48% of the women had mixed UI, 39.5% had stress UI, and 12.5% had urge UI. The duration of symptoms varied from 2 to 28 years (7.9±5.3). In the participants with and without prolapse, a significant difference was observed in the pre- and post-treatment comparisons for the pelvic floor muscles. The pre- and post-treatment perineometry showed a significant increase only in the women with prolapse (p=0.048). 87.5% of the participants became continent. Conclusions: The physical therapy treatment was effective in treating and/or curing the symptoms of UI, whether or not associated with pelvic prolapse, regardless of the clinical type of incontinence. Clinical Trial Registration (Brazilian Clinical Trial Registry): RBR-3p5s66.