Objetivos: Avaliar as atitudes e crenças de fisioterapeutas brasileiros sobre a dor lombar crônica e identificar caracterÃsticas
sociodemográficas que as influenciam. Métodos: Este estudo transversal incluiu 100 fisioterapeutas brasileiros que atendem
pacientes com dor lombar crônica em sua rotina clÃnica. As atitudes e crenças foram avaliadas pela Pain Attitudes and Beliefs Scale
for Physiotherapists (PABS.PT) e Health Care Providers’ Pain and Impairment Relationship Scale (HC-PAIRS). Foram construÃdos
modelos de regressão linear multivariada para verificar as possÃveis caracterÃsticas sociodemográficas que poderiam estar
associadas com as atitudes e crenças dos fisioterapeutas. Resultados: Os escores médios dos fatores biomédico e comportamental
da PABS.PT foram 27,06 (DP 7,19) e 24,34 (DP 6,31), respectivamente, e o escore médio da HC-PAIRS foi 45,45 (DP 10,45). O
escore do PABS.PTFator biomédico foi associado com gênero e anos de experiência profissional. Já o escore do PABS.PTFator comportamental não
foi associado com nenhuma variável. O escore do HC-PAIRS foi significativamente associado com o número de pacientes com dor
lombar atendido por mês. Esses resultados indicam que fisioterapeutas experientes tendem a seguir uma abordagem biomédica
no tratamento de pacientes com dor lombar crônica. Além disso, quanto menor a experiência profissional, mais forte é a crença na
relação entre dor e incapacidade. Conclusões: Os fisioterapeutas brasileiros mostram-se incertos acerca dos fatores que envolvem
o desenvolvimento e a manutenção da dor lombar crônica e também sobre a relação entre dor e incapacidade nesses pacientes.
Isso põe em questão as atitudes e práticas em relação ao manejo dos pacientes com dor lombar crônica no Brasil.
Objectives: To measure the attitudes and beliefs of Brazilian physical therapists about chronic low back pain and to identify the sociodemographic characteristics that are more likely to influence these attitudes and beliefs. Methods: We conducted a cross-sectional study with 100 Brazilian physical therapists who routinely work with chronic low back pain patients. The attitudes and beliefs were measured by the Pain Attitudes and Beliefs Scale for Physiotherapists (PABS.PT) and the Health Care Providers’ Pain and Impairment Relationship Scale (HC-PAIRS). Multivariate linear regression models were built to identify sociodemographic characteristics that could be associated with physical therapists’ attitudes and beliefs. Results: Mean scores on the biomedical and biopsychosocial factors of PABS.PT were 27.06 (SD 7.19) and 24.34 (SD 6.31), respectively, and the mean score on HC-PAIRS was 45.45 (SD 10.45). The score on PABS.PTbiomedical was associated with gender and years of professional experience. No variable was associated with the score on PABS.PTbiopsychosocial. The score on HC-PAIRS was significantly associated with the number of back pain patients seen by the physical therapist each month. These results indicate that male and less experienced physical therapists tend to follow a biomedical approach to the treatment of chronic low back pain patients, and that the lower the professional experience the stronger the belief in the relationship between pain and disability. Conclusions: Brazilian physical therapists are uncertain of the factors involved in the development and maintenance of chronic low back pain and about the relationship between pain and disability in these patients.