Neste artigo, é apresentado um estudo de caso sobre a construção da estrutura multiplicativa, realizado com 50 alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental em uma escola pública - 10 alunos de cada turma do 1º ao 5º ano, todas as turmas com unidocência. Por meio da análise de como resolveram duas situações-problema sobre multiplicação, foi constatado que, entre os participantes, alunos de 1° e 2° anos tiveram desempenho melhor do que alguns de 4º e 5º anos que já faziam o uso de algoritmos. Tal resultado permite refletir sobre a exigência usual quanto à memorização dos resultados de uma multiplicação, concebidos tradicionalmente como “tabuadaâ€, pois talvez isso prejudique os alunos no desenvolvimento da sua capacidade de pensar matematicamente, o que implica fazer estimativas e criar suas próprias estratégias de resolução.
This paper presents a case study on the construction of the multiplicative structure with 50 students in a public grammar school, 10 students in each class from 1st to 5th grade. All classes are taught by a single teacher. Through the analysis of how they solved two problem situations on multiplication, it was found that among the participants, students of 1st and 2nd years did better than some of the 4th and 5th years who have made the use of algorithms. This result allows to reflect on the usual requirement on memorizing the results of a multiplication, traditionally conceived as “multiplication table†because it may harm the students in developing their ability to think mathematically, which involves making estimates and creating their own strategies for solving problems.