O nosso imenso paÃs conta com uma vasta diversidade étnica e racial, dentre elas os povos indÃgenas. No Estado de Mato Grosso do Sul há nove diferentes etnias. O interessante de tudo isto é que a luta histórica desses povos fez com que seus direitos relacionados à interculturalidade, lÃngua materna, dentre outros, fossem assegurados em lei. Protagonistas de sua história, os Ãndios sulmatogrossenses deram um salto significativo, conquistando não apenas o respaldo legal para seus direitos, mas também os colocando em prática. No municÃpio de Amambai, localizado no estado de Mato Grosso do Sul há três aldeias das etnias Guarani e Kaiowá, com uma população estimada em 8.000 (oito mil) Ãndios, dentre elas duas escolas indÃgenas, tendo como atores 80% (oitenta por cento) de professores indÃgenas, habilitados em cursos especÃficos, sendo o Ará Verá, oferecido pela Secretaria de Estado de Educação e o Normal Superior IndÃgena que foi oferecido pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul na Unidade de Amambai. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é o de análise de três diferentes aspectos relacionados à Educação Escolar IndÃgena. No primeiro, faremos uma abordagem histórica da legislação federal, a partir da Constituição Federal de 1988, a qual sinaliza os avanços legais relacionados à educação escolar indÃgena; a seguir, analisaremos a proposta de formação de professores da etnia Guarani e Kaiowá oferecida pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, por meio do curso Normal Superior IndÃgena e, no terceiro, mostraremos como se encontra a educação escolar indÃgena no municÃpio de Amambai/MS.