Neste artigo refletimos sobre as mudanças ocorridas no espaço de São Gonçalo (RJ) e discutimos as projeções para o projeto de cidade em curso em um momento em que devido a fatores como a reestruturação produtiva, a maior seletividade do capital, somados à uma mudança de perfil do habitante gonçalense, nota-se uma organização do espaço que atenda à uma maior fatia da população tornadas consumidoras de produtos imobiliários e bens de consumo não –duráveis. Pensamos então nas causas e conseqüências desta mudança do que chamamos de Nova Periferia Metropolitana para acentuar a diferença deste espaço, com o conceito outrora adotado de que os municÃpios da periferia metropolitana fluminense cumpriam apenas o papel de reserva de mão-de-obra não qualificada para a cidade do Rio de Janeiro e para a antiga capital fluminense, Niterói.
Fato é que a cidade de São Gonçalo ainda enfrenta desafios para que o espaço seja promotor de melhorias sociais sobretudo em um momento em que ‘cidadania’ é cada vez mais forjada enquanto consumo.Não negamos a condição periférica mas através da hierarquia urbana, do planejamento citadino e dos novos empreendimentos, buscamos elementos para análise do que significado destas mudanças nitidamente em curso