Stents Convencionais de Aço Inoxidável vs. Cromo-Cobalto: Impacto Clínico da Liga Metálica no Cenário Atual – Registro InCor

Revista Brasileira De Cardiologia Invasiva

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Telefone: (11) 3849-5034
ISSN: 1041843
Editor Chefe: Áurea Jacob Chaves
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Stents Convencionais de Aço Inoxidável vs. Cromo-Cobalto: Impacto Clínico da Liga Metálica no Cenário Atual – Registro InCor

Ano: 2011 | Volume: 19 | Número: 1
Autores: Henrique Barbosa Ribeiro, Carlos A. Campos, Augusto C. Lopes Jr., Rodrigo B. Esper, Luiz Junya Kajita, Silvio Zalc, André Gasparini Spadaro, Pedro Eduardo Horta, Pedro Alves Lemos, Paulo Rogério Soares, Marco Antônio Perin, Expedito E. Ribeiro
Autor Correspondente: Henrique Barbosa Ribeiro | [email protected]

Palavras-chave: Stents. Angioplastia, Angioplastia coronária com balão, Reestenose coronária.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Há alguns anos estudos demonstraram que
stents de cromo-cobalto, com hastes mais finas, reduziram
de forma expressiva a reestenose coronária, comparativamente
aos stents convencionais de aço inoxidável disponíveis
na época. Desde então, stents com hastes < 100 μm
e diferentes ligas metálicas estão disponíveis para uso clínico.
O objetivo deste estudo foi avaliar a existência de diferenças
nos resultados clínicos de pacientes submetidos a
intervenção coronária percutânea (ICP) com stents de hastes
finas e diferentes ligas metálicas. Métodos: Registro unicêntrico,
em que foram comparados os resultados de pacientes
submetidos a ICP com stent de aço inoxidável (n = 135) vs.
stent de cromo-cobalto (n = 181). O desfecho primário foi
a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM),
definidos pela ocorrência de óbito, infarto agudo do miocárdio
(IAM) ou revascularização do vaso-alvo (RVA) no seguimento
tardio. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de
64 ± 11 anos, com 32,6% de diabéticos e 65,5% com
síndrome coronária aguda à admissão, sem diferenças na
maioria das características clínicas e angiográficas avaliadas
entre os grupos. Na comparação das características do
procedimento, a estratégia de implante direto do stent foi
mais frequente no grupo cromo-cobalto (30,3% vs. 40,2%;
P = 0,04). Ao final de mediana de 500 dias de seguimento,
não houve diferenças significativas entre os grupos para a
ocorrência de ECAM (15,5% vs. 16,5%; P = 0,6), óbito
(4,6% vs. 6,8%; P = 0,29), IAM (2,7% vs. 4,1%; P = 0,41)
ou RVA (10,4% vs. 10,1%; P = 0,97). Conclusões: Nessa
população do mundo real os stents de cromo-cobalto apresentaram
eficácia e segurança semelhantes às dos stents de
aço inoxidável, porém com menor necessidade de instrumentação
coronária.



Resumo Inglês:

Years ago studies demonstrated that the use of
cobalt-chromium stents with thinner struts significantly reduced
coronary restenosis when compared to conventional stainless
steel stents available at the time. Since then, stents with struts
< 100 μm and different metal alloys are available for clinical
use. The objective of this study was to assess differences in
the clinical outcomes of patients undergoing percutaneous
coronary intervention (PCI) with thin strut stents and different
metal alloys. Methods: Single center registry comparing the
results of patients undergoing PCI with stainless steel stents
(n = 135) vs. cobalt-chromium bare metal stents (n = 181).
The primary endpoint was the occurrence of major adverse
cardiac events (MACE), defined by death, acute myocardial
infarction (AMI) or target vessel revascularization (TVR) in the
late follow-up. Results: Mean patient age was 64 ± 11 years,
32.6% were diabetic and 65.5% had acute coronary syndrome
at admission, with no differences for most of the clinical and
angiographic characteristics assessed between groups. The
use of direct stenting was more frequent in the cobalt-chromium
group (30.3% vs. 40.2%; P = 0.04). After a median of
500 days of follow up, there was no statistically significant
difference between groups for the occurrence of MACE
(15.5% vs. 16.5%; P = 0.6), death (4.6% vs. 6.8%; P = 0.29),
AMI (2.7% vs. 4.1%; P = 0.41) or TVR (10.4% vs. 10.1%;
P = 0.97). Conclusions: In this real world population, cobaltchromium
stents had similar efficacy and safety when compared
to stainless steel stents, but with less coronary instrumentation.