Evolução Hospitalar de Pacientes Submetidos a Assistência Circulatória com Balão Intra-Aórtico durante Intervenção Coronária Percutânea de Alto Risco: Registro InCor

Revista Brasileira De Cardiologia Invasiva

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ISSN: 1041843
Editor Chefe: Áurea Jacob Chaves
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Evolução Hospitalar de Pacientes Submetidos a Assistência Circulatória com Balão Intra-Aórtico durante Intervenção Coronária Percutânea de Alto Risco: Registro InCor

Ano: 2011 | Volume: 19 | Número: 4
Autores: Fábio Conejo, Luciano Nunes dos Santos, Henrique Barbosa Ribeiro, Carlos A. Campos, Antônio Hélio Pozetti, Augusto C. Lopes Jr., Rodrigo Barbosa Esper, Antônio Esteves Filho, André Gasparini Spadaro, Paulo Rogério Soares, Marco Antonio Perin, Expedito E. Ribeiro, Gilberto Marchiori
Autor Correspondente: Fábio Conejo | [email protected]

Palavras-chave: Balão intra-aórtico, Choque cardiogênico, Angioplastia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O balão intra-aórtico (BIA) é utilizado há décadas
como dispositivo de assistência circulatória, sendo
recomendado na maioria das diretrizes, apesar da fraca
evidência em relação à redução da mortalidade. O objetivo
deste estudo foi avaliar o uso do BIA como ferramenta
adjunta na intervenção coronária percutânea (ICP). Métodos:
Registro unicêntrico que analisou a evolução hospitalar
de 134 pacientes consecutivos que utilizaram BIA
durante ICP de alto risco ou na vigência de choque cardiogênico.
Resultados: A média de idade foi de 64,7 + 12,5
anos e 67,9% eram do sexo masculino. A população
apresentou características de alto risco, com 33,5% de
diabéticos, 73,1% tratados na vigência de infarto do miocárdio,
68,6% com padrão triarterial, e fração de ejeção
do ventrículo esquerdo de 38,6 + 16,1%. Fluxo TIMI 2/3
foi obtido em 86,4% dos casos, sendo tratada 1,6 + 0,6
lesão/paciente. Ocorreram 18 (13,4%) reinfartos, dos quais
9 (6,7%) por trombose do stent, sendo 2 (1,4%) pacientes
encaminhados para cirurgia de revascularização miocárdica
e 16 (11,9%), para nova ICP. A mortalidade hospitalar foi
de 61,2% e a taxa de eventos cardíacos adversos maiores
(ECAM) foi de 67,2%. Por análise multivariada, foram
preditores de mortalidade: idade > 65 anos, ICP prévia,
necessidade de diálise e padrão triarterial. Os preditores
de sobrevida foram: função ventricular normal, fluxo TIMI
2/3 ao final do procedimento e permanência do BIA > 72
horas. Conclusões: Os pacientes que utilizaram BIA durante
ICP apresentaram perfil clínico de risco muito alto,
que se refletiu em elevada taxa de óbito. Fatores clínicos,angiográficos e do procedimento podem identificar variáveis
que interferem independentemente na mortalidade.



Resumo Inglês:

The intra-aortic balloon pump (IABP) has been
used for decades as a circulatory support device, being
recommended in most guidelines, despite poor evidence of
mortality reduction. The purpose of this study was to evaluate
the use of IABP as an adjunct therapy in percutaneous
coronary intervention (PCI). Methods: Single center registry
analyzing in-hospital outcomes of 134 consecutive patients
submitted to IABP during high risk PCI or in the presence
of cardiogenic shock. Results: Mean age was 64.7 + 12.5
years and 67.9% were males. The population presented
high-risk features, with 33.5% of diabetic patients, 73.1%
treated in the presence of myocardial infarction, 68.6%
with three-vessel disease and left ventricular ejection fraction
of 38.6 + 16.1%. TIMI 2/3 flow was obtained in 86.4% of
the cases and 1.6 + 0.6 lesion/patient was treated. There
were 18 (13.4%) reinfarctions, of which 9 (6.7%) were due
to stent thrombosis, 2 (1.4%) patients were referred for
CABG and 16 (11.9%) for a new PCI. Hospital mortality
was 61.2% and the major adverse cardiac events (MACE)
rate was 67.2%. By multivariate analysis, predictors of
mortality were: age > 65 years, prior PCI, need of dialysis
and three-vessel disease. Predictors of survival were: normal
ventricular function, TIMI 2/3 flow at the end of the procedure
and IABP utilization > 72 hours. Conclusions: Patientsundergoing PCI with IABP support have a very high risk
clinical profile, which led to high mortality rates. Clinical,
angiographic and procedure-related factors can identify
independent variables for mortality.