O treinamento de força (TF) proporciona ganhos de força muscular (FM)
em idosos. Entretanto, a magnitude pode variar consideravelmente conforme o método
de avaliação utilizado. O estudo teve como objetivo comparar dois métodos de avaliação
de força muscular após programa de TF em idosas. Participaram 61 idosas (idade média
de 66,8 ± 5,8 anos), submetidas a um programa com duração de 24 semanas. Os exercÃcios
contemplaram os principais grupos musculares. A FM dos extensores do joelho foi
avaliada pelo teste da repetição máxima (1RM) e pelo dinamômetro isocinético (60º.s-1)
antes e após o TF. Aplicou-se uma ANOVA 2X2 para comparar os métodos e a FM após o
programa de TF. Observou-se que a FM aumentou significativamente após a intervenção,
em ambos os métodos. Os incrementos na FM foram de 16,7% e 54,7% para o isocinético
e 1RM respectivamente. Os incrementos avaliados pela 1RM foram significativamente
(P<0,001) superiores aos mensurados pelo isocinético. Apesar dos valores estarem dentro
dos limites de concordância, a diferença entre 1RM e Isocinético diminuiu conforme o
aumento da FM pós-treinamento. Concluiu-se que, embora o TF promova aumento da
FM em idosas, a magnitude desse ganho varia substancialmente em função do método
utilizado. Ao que parece, o uso da 1RM pode superestimar os ganhos de FM e influenciar
a interpretação funcional dos efeitos proporcionados pelo TF.
Strength training (ST) increases muscle strength (MS) in the elderly, but results
may vary considerably depending on the method of evaluation. Objective: This study compared
two MS methods to evaluate an ST program for elderly women. Methods: Sixty-one
volunteers (mean age 66.8 ± 5.8 years) underwent ST for 24 weeks to work out the major
muscle groups. Knee extensor MS was assessed using one-repetition maximum strength
(1RM) and isokinetic dynamometry (60º.s-1) before and after ST. A 2x2 ANOVA was used
to compare the methods and MS gains after the ST program. MS increased significantly
after ST according to both methods. Increases in MS were in average 16.7% and 54.7% using
dynamometry and 1RM. The improvement according to 1RM was significantly (P<0.001)
greater than that measured using the isokinetic method. Although values lied within agreement
limits, differences between methods (1RM vs. isokinetic) decreased as MS increased
at the end of the ST program. ST increases MS in older women, but improvement varies
considerably according to the method used to evaluate it. Measurements using 1RM seem to
overestimate strength gains and may, thus, affect the potential results of resistance training.