O objetivo deste trabalho foi estudar o conhecimento, as crenças e opiniões sobre Genética em um
grupo de médicos residentes. Foi utilizada a técnica de grupos focais com 12 residentes de Pediatria
em seu primeiro mês de curso, divididos em quatro grupos. Para a análise do material, foi escolhida a
técnica da leitura isotópica. Os participantes demonstraram pouco interesse pelo assunto, mas tinham
um grau razoável de conhecimento. Este conhecimento, entretanto, era pouco vinculado à prática clÃnica,
sugerindo a necessidade de reformulação da formação médica. Os grupos mostraram consciência
da alta prevalência e da grande morbidade das doenças genéticas, sinalizando que a nova geração de
médicos pode ser mais sensÃvel à questão da inserção da Genética na saúde pública. O Brasil está
passando por um momento de transição epidemiológica, com o aumento proporcional das doenças de
etiologia genética como causas de morbi-mortalidade, tornando necessária a inclusão dessas condições
no planejamento para a gestão da saúde pública.
This article focuses on knowledge, beliefs, and opinions related to genetics among a group of medical
residents. Twelve residents in pediatrics, divided into four focus groups, were interviewed during
their first month of residency. The material was analyzed using the isotopic reading technique. Participants
showed little interest in the topic, despite having a reasonably good level of knowledge, which
bore little relationship to their clinical practice, suggesting the need to reformulate medical education.
The groups were aware of the high prevalence and morbidity of genetic disorders, thus signaling
that the new generation of physicians may be more sensitive to the need to include medical genetics
in public health. Brazil is currently experiencing an epidemiological transition, with a proportional
increase in genetic disorders as a cause of morbidity and mortality, thus requiring such inclusion in
public health planning.