Contextualização: A eletroacupuntura (EA) inclui a passagem de uma corrente elétrica pela agulha de acupuntura e é comumente utilizada
para aliviar a dor. Objetivo: Avaliar o efeito da EA no tratamento da dor miofascial do músculo trapézio superior. Métodos: Participaram
20 voluntárias com idade entre 18 e 40 anos (24,95±5,88 anos), Ãndice de massa corpórea entre 19 e 25 kg/m2 (22,33±0,56 kg/m2),
ciclo menstrual regulado por anticoncepcionais, dor por mais de seis meses no trapézio superior, com pelo menos um ponto gatilho
miofascial. Nove sessões de EA foram agendadas, sendo duas por semana. As agulhas foram inseridas nos pontos VB20, VB21, F3,
IG4 e em pontos ashi. Aplicou-se uma corrente alternada de 2 Hz e 100 Hz a cada 5 segundos durante 30 minutos. Avaliou-se a eficácia
do tratamento quantificando a intensidade da dor com a Escala Visual Analógica (EVA); o limiar de dor à pressão (LDP), com algômetro
digital, eletromiografia (EMG) e com o questionário de qualidade de vida SF-36. PossÃveis fatores influenciadores entre as sessões
foram monitorados. Aplicaram-se os testes t pareado, Wilcoxon e análise de variância com medidas repetidas (ANOVA) e, como posthoc,
o teste de Tukey-Kramer. Resultados: Após o tratamento, houve melhora na intensidade da dor e no LDP (p<0,0001). A EMG no
trapézio direito, durante a contração, aumentou significativamente, sugerindo melhora da função muscular. A qualidade de vida melhorou
considerando os componentes fÃsicos do SF-36 (p<0,05). Conclusão: A EA mostrou-se confiável no alÃvio da dor miofascial. Estudos
randomizados, cegos e controlados devem ser realizados para confirmar esses resultados.
Background: Electroacupunture (EA) includes the passage of an electrical current through the acupuncture needle and is commonly used
for pain relief. Objective: To evaluate the EA treatment effects for myofascial pain in the upper trapezius muscle. Methods: Twenty women
aged ranging from 18 to 40 years (mean=24.95; SD=5.88 years), with a body mass index ranging from 19 to 25 kg/m2 (mean=22.33;
SD=0.56 kg/m2), with regular menstrual cycles controlled by oral contraceptive, local or referred pain for more than six months and at
least one myofascial trigger point in the upper trapezius participated in this study. The participants received a total of nine EA sessions
over five weeks. The needles were inserted at the accupoints GB20, GB21, LV3, LI4, and at “ashi†points. A mixed current of 2 Hz and
100 Hz was applied alternatively every 5 seconds for 30 minutes. The outcomes were pain intensity measured by the visual analogue
scale (VAS), pressure pain threshold (PPT) measured by an algometer, electromyography (EMG) and quality of life measured by the
SF-36 questionnaire. Inter-occurrences between sessions were monitored. Paired t-test, Wilcoxon test, and repeated measure analysis
of variance (ANOVA) having Tukey-Kramer as post-hoc tests were used. Results: Significant improvement in pain intensity and in PPT
occurred after treatment (p<0.0001). EMG of the right trapezius during contraction increased significantly, suggesting muscle function
enhancement; the quality of life improved, related to physical components of the SF-36 (p<0.05). Conclusion: The EA showed to be a
reliable method for myofascial pain relief. Large randomized blinded controlled trials might be carried out to confirm these results.