Efeitos do treinamento da musculatura do assoalho pélvico sobre o parto e recém-nascido: estudo controlado randomizado

Revista Brasileira De Fisioterapia

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ISSN: 14133555
Editor Chefe: 11
Início Publicação: 29/02/1996
Periodicidade: Bimestral

Efeitos do treinamento da musculatura do assoalho pélvico sobre o parto e recém-nascido: estudo controlado randomizado

Ano: 2011 | Volume: 15 | Número: 6
Autores: Letícia A. R. Dias, Patricia Driusso, Daniella L. C. C. Aita, Silvana M. Quintana, Kari Bø, Cristine H. J. Ferreira
Autor Correspondente: Letícia A. R. Dias | [email protected]

Palavras-chave: parto, recém-nascido, assoalho pélvico, treinamento muscular, fisioterapia, estudo controlado randomizado.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Contextualização: O treinamento da musculatura do assoalho pélvico para tratamento da incontinência urinária é bem estabelecida,
mas pouco se sabe sobre seus efeitos sobre o parto e o recém-nascido. Objetivos: Avaliar se os desfechos do parto e os resultados
dos recém-nascidos são influenciados pelo treinamento e força da musculatura do assoalho pélvico realizados por gestantes de baixa
renda. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado que incluiu 42 gestantes nulíparas de baixo risco, com idade entre 18 e
36 anos, e que eram capazes de contrair a musculatura do assoalho pélvico. As gestantes foram incluídas no estudo com 20 semanas
de idade gestacional, e realizava-se a avaliação da pressão de contração vaginal pela contração da musculatura do assoalho pélvico.
Elas foram randomizadas em dois grupos: grupo de treinamento e grupo controle. Todas as voluntárias tiveram o trabalho de parto e
os resultados dos recém-nascidos avaliados por meio de consulta ao prontuário por um pesquisador não envolvido com o grupo de
treinamento. Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à idade gestacional no nascimento, tipo de parto,
duração da segunda fase de trabalho de parto, tempo total de trabalho de parto, prevalência da laceração perineal, peso e tamanho do
bebê e índice de Apgar. Nenhuma correlação foi encontrada entre a força muscular do assoalho pélvico e a segunda fase ou a duração
total do trabalho de parto. Conclusões: Este ensaio clínico randomizado não verificou qualquer influência do treinamento muscular do
assoalho pélvico e da força dos músculos do assoalho pélvico sobre o trabalho de parto e os resultados do recém-nascido.
Artigo registrado no Australian New Zeeland Clinical Trials Registry (ANZCTR) sob o número ACTRN 12609001005246.



Resumo Inglês:

Background: The use of the pelvic floor muscle training for urinary incontinence treatment is well established but little is known about
its effects in labor and newborn outcomes. Objectives: To evaluate the effects of antenatal pelvic floor muscle training and strength in
labor and newborn outcomes in low-income pregnant women. Methods: This is a randomized controlled trial that recruited forty-two
iparous healthy pregnant women aged between 18-36 years old and able to contract the pelvic floor muscles. The participants were
included in the study with 20 weeks of gestational age and had their pelvic floor muscles measured by vaginal squeeze pressure. They
were randomly allocated into two groups: training group and a non-intervention control group. Then, all participants had their labor
and newborn outcomes evaluated through consultation of medical records by a blinded researcher. Results: There were no statistically
significant differences between the groups regarding gestational age at birth, type of labor, duration of the second stage of labor, total
time of labor, prevalence of laceration, weight and size of the baby, and Apgar score. No correlation was observed between pelvic floor
muscle strength and the second stage or the total length of labor. Conclusions: This randomized controlled trial did not find any effect
of pelvic floor muscle training or pelvic floor muscle strength on labor and newborn outcomes.
Article registered in the Australian New Zeeland Clinical Trials Registry (ANZCTR) under number ACTRN 12609001005246.