O objetivo deste trabalho é investigar o papel do Ministério das Relações Exteriores na polÃtica
externa do governo Collor, relação comumente observada como frágil. Argumenta-se que, em vez
de marginalizar o Itamaraty, o presidente reconfigurou a chancelaria, tanto em termos de seus
decisores principais quanto em termos administrativos. A consequência foi o estabelecimento
de uma polÃtica externa de feições mais liberais – um americanismo mitigado – em sintonia com
os objetivos tradicionais das relações exteriores do Brasil.
This work looks at the role of the Foreign Ministry in Fernando Collor’s foreign policy, which
is usually considered feeble. We argue that, instead of putting Itamaraty on the sidelines, the
president reconfigured the ministry, both in terms of its key decision-makers and in administrative
terms. The outcome was the establishment of a more liberal foreign policy – a mitigated
Americanism – in tune with the traditional goals of Brazil’s foreign relations.