A Carta VII, o manifesto e a autobiografia política de Platão

Revista Opinião Filosófica

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ISSN: 21781176
Editor Chefe: Agemir Bavaresco
Início Publicação: 30/06/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

A Carta VII, o manifesto e a autobiografia política de Platão

Ano: 2012 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: Inácio Valentim
Autor Correspondente: I. Valentim | [email protected]

Palavras-chave: Érgon, Dionísio, Dion, Política, olhar politico, obediência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A Carta VII é sem dúvida a mais importante entre as Cartas de Platão. Nosso objetivo neste pequeno artigo é refletir sobre a hermenêutica da política e do político aqui deixado por Platão. Nela, Platão toma claramente uma posição em relação à concepção da política e do dirigente político. Dionísio2 e Dion vão ser as figuras centrais da Carta. Os dois são aqui apresentados como uma espécie de antípodas da compreensão da política. O filósofo que na Carta aparece através da figura do conselheiro político é convidado a experimentar o risco de dizer a verdade e de estar do lado da verdade. Nesta procura da verdade também é convidado a superar o estado de logos e fazer que este tenha uma materialização no érgon, fazendo, portanto, da figura do conselheiro político o campo de atuação de érgon filosófico.



Resumo Inglês:

The Letter VII is without doubt the most important among the letters of Plato. Our goal in this short article is to reflect on the hermeneutics of politics and political left here by Plato. In it, Plato takes a clear position regarding the conception of politics and political leader. Dionysius and Dion will be the central figures of the Charter. Both are presented here as a kind of antithesis of understanding of politics. The philosopher who appears in the Charter with the figure of the political adviser is invited to experience the risk of telling the truth and be on the side of truth. In this search for truth he is also asked to surpass the state and make logos to have materialization in the Érgon, thus turning the figure of the political advisor into the field of action of the philosophical Érgon.