Há um vazio importante na pesquisa sobre a sub-representação das mulheres em cargos eletivos, relacionado à decisão inicial de concorrer. Com base em dados de nosso Citizen Political Ambition Study, a primeira pesquisa nacional de grande escala sobre candidatos potenciais, examinamos o processo pelo qual mulheres e homens surgem como candidatos a cargos eletivos. Nossa conclusão é de que mulheres que têm as mesmas caracterÃsticas pessoais e credenciais profissionais dos homens expressam nÃveis significativamente inferiores de ambição polÃtica para ocupar esses cargos. Dois fatores explicam essa lacuna de gênero: primeiro, as mulheres têm probabilidades bem menores do que os homens de ser incentivadas a concorrer; segundo, elas têm probabilidades bem menores do que os homens de se considerar qualificadas para concorrer. Nossas conclusões colocam em questão as principais explicações teóricas para a sub-representação numérica das mulheres e indicam que, em função de vestÃgios da socialização baseada em papéis sexuais tradicionais, as perspectivas de paridade de gênero nas instituições polÃticas dos Estados Unidos são menos promissoras do que sugerem as explicações convencionais.
A critical void in the research on women’s underrepresentation in elective office is an analysis of the initial decision to run for office. Based on data from our Citizen Political Ambition Study, the first large-scale national survey of potential candidates, we examine the process by which women and men emerge as candidates for public office. We find that women who share the same personal characteristics and professional credentials as men express significantly lower levels of political ambition to hold elective office. Two factors explain this gender gap: first, women are far less likely than men to be encouraged to run for office; second, women are significantly less likely than men to view themselves as qualified to run. Our findings call into question the leading theoretical explanations for women’s numeric underrepresentation and indicate that, because of vestiges of traditional sex-role socialization, prospects for gender parity in U.S. political institutions are less promising than conventional explanations suggest.