O artigo aqui trazido para debate apresenta alguns dos resultados de nossa pesquisa de doutorado em andamento. O objetivo é apresentar uma discussão que desloque o tratamento habitualmente dado à pirataria, quer seja, aquele que a vincula ao crime ou ao setor informal, agregando uma análise geográfica que a contextualize dentro das condições atuais do meio geográfico e do perÃodo histórico. Assim, o texto discute, inicialmente, os conceitos de pirataria e de território, em nossa opinião fundamentais para a análise das situações concretas. Num segundo momento, propomos refletir sobre a pertinência urbana e citadina da pirataria para, finalmente, explorar uma de nossas empirias: o circuito espacial produtivo do tecnobrega em Belém do Pará, que se apóia na desapropriação de direitos autorais e no uso popular e não especializado dos objetos técnicos que caracterizam o perÃodo informacional da humanidade.