Objetivo: Estimar entre internos de medicina a prevalência de sintomas depressivos e sua intensidade,
além dos fatores associados. Métodos: Estudo transversal, em maio de 2008, com amostra
representativa dos internos de medicina (n = 84) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Foram
utilizados o Inventário de Depressão de Beck (IDB) e um questionário estruturado contendo informações
sobre variáveis sociodemográficas, processo ensino-aprendizagem e aspectos pessoais.
A análise exploratória dos dados foi realizada através de EstatÃstica Descritiva e Inferencial. Finalmente
foi realizada a análise de múltiplas variáveis através de regressão logÃstica e cálculo das OR
simples e ajustadas com seus respectivos intervalos de 95% de confiança. Resultados: A prevalência
geral foi de 40,5%, dos quais: 1,2% (IC 95% 0,0-6,5) foram de sintomas depressivos graves; 4,8%
(IC 95% 1,3-11,7) de moderados; e 34,5% de leves (IC 95% 24,5-45,7). A regressão logÃstica revelou
as variáveis de maior impacto associadas ao aparecimento de sintomas depressivos: pensamento de
abandonar o curso (OR 6,24; p = 0,002); tensão emocional (OR 7,43; p = 0,0004); e desempenho
acadêmico regular (OR 4,74; p = 0,0001). Conclusão: A elevada prevalência de sintomas depressivos
na população estudada esteve associada com variáveis relacionadas ao processo ensino-aprendizagem
e aspectos pessoais, sugerindo a necessidade de medidas preventivas imediatas referentes
à formação médica e à assistência ao estudante.
Objective: To estimate, among Medical School intern students, the prevalence of depressive symptoms
and their severity, as well as associated factors. Methods: Cross-sectional study in May 2008,
with a representative sample of medical intern students (n = 84) from Universidade Federal de
Sergipe (UFS). Beck Depression Inventory (BDI) and a structured questionnaire containing information
on sociodemographic variables, teaching-learning process, and personal aspects were used.
The exploratory data analysis was performed by descriptive and inferential statistics. Finally, the
analysis of multiple variables by logistic regression and the calculation of simple and adjusted ORs
with their respective 95% confidence intervals were performed. Results: The general prevalence
was 40.5%, with 1.2% (95% CI: 0.0-6.5) of severe depressive symptoms; 4.8% (95% CI: 1.3-11.7)
of moderate depressive symptoms; and 34.5% (95% CI: 24.5-45.7) of mild depressive symptoms.
The logistic regression revealed the variables with a major impact associated with the emergence
of depressive symptoms: thoughts of dropping out (OR 6.24; p = 0.002); emotional stress (OR 7.43;
p = 0.0004); and average academic performance (OR 4.74; p = 0.0001). Conclusion: The high
prevalence of depressive symptoms in the study population was associated with variables related
to the teaching-learning process and personal aspects, suggesting immediate preemptive measures
regarding Medical School graduation and student care are required.