Custo-efetividade e impacto orçamentário da saxagliptina como terapia adicional à metformina para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2 no sistema de saúde suplementar do Brasil

Revista Da Associação Médica Brasileira

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Telefone: (11) 3178 6802
ISSN: 1044230
Editor Chefe: Bruno Caramelli
Início Publicação: 31/12/1957
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Medicina

Custo-efetividade e impacto orçamentário da saxagliptina como terapia adicional à metformina para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2 no sistema de saúde suplementar do Brasil

Ano: 2012 | Volume: 58 | Número: 3
Autores: Marcelo Eidi Nita, Freddy G. Eliaschewitz, Eliane Ribeiro, Elio Asano, Elias Barbosa, Maíra Takemoto, Bonnie Donato, Roberto Rached, Elaine Rahal
Autor Correspondente: Marcelo Eidi Nita | [email protected]

Palavras-chave: Economia da saúde, diabetes mellitus tipo 2, gestão em saúde, terapêutica, comitê de farmácia e terapêutica, avaliação de custo-efetividade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivos: Comparar custos e benefícios clínicos de três terapias adicionais à metformina (MF) para pacientes
com diabetes mellitus tipo 2 (DMT2). Métodos: Um modelo de simulação de eventos discretos foi construído
para estimar a relação custo-utilidade (custo por QALY) da saxagliptina como uma terapia adicional à MF comparada
à rosiglitazona ou pioglitazona. Um modelo de impacto orçamentário (BIM – Budget Impact Model) foi
construído para simular o impacto econômico da adoção de saxagliptina no contexto do Sistema Suplementar
de Saúde brasileiro. Resultados: O custo de aquisição da medicação para o grupo de pacientes hipotéticos analisados,
para o horizonte temporal de três anos, foi de R$ 10.850.185,00, R$ 14.836.265,00 e R$ 14.679.099,00
para saxagliptina, pioglitazona e rosiglitazona, respectivamente. Saxagliptina exibiu menores custos e maior
efetividade em ambas as comparações, com economias projetadas para os três primeiros anos de -R$ 3.874,00
e -R$ 3.996,00, respectivamente. O BIM estimou uma economia cumulativa de R$ 417.958,00 com o reembolso
da saxagliptina em três anos a partir da perspectiva de uma operadora de plano de saúde com 1 milhão de vidas
cobertas. Conclusão: Da perspectiva da fonte pagadora privada, a projeção é de que o acréscimo de saxagliptina
à MF poupe custos quando comparado ao acréscimo de rosiglitazona ou pioglitazona em pacientes com DMT2
que não atingiram a meta de hemoglobina glicada (HbA1c) com metformina em monoterapia. O BIM, para
a inclusão de saxagliptina nas listas de reembolso das operadoras de planos de saúde, indicou uma economia
significativa para o horizonte de 3 anos.



Resumo Inglês:

Objectives: To compare costs and clinical benefits of three additional therapies to metformin (MF) for patients
with diabetes mellitus type 2 (DM2). Methods: A discrete event simulation model was built to estimate the
cost-utility ratio (cost per quality-adjusted life years [QALY]) of saxagliptine as an additional therapy to MF
when compared to rosiglitazone or pioglitazone. A budget impact model (BIM) was built to simulate the economic
impact of saxagliptine use in the context of the Brazilian private health system. Results: The acquiring
medication costs for the hypothetical patient group analyzed in a time frame of three years, were R$ 10,850,185,
R$ 14,836,265 and R$ 14,679,099 for saxagliptine, pioglitazone and rosiglitazone, respectively. Saxagliptine
showed lower costs and greater effectiveness in both comparisons, with projected savings for the first three years
of R$ 3,874 and R$ 3,996, respectively. The BIM estimated cumulative savings of R$ 417,958 with the repayment
of saxagliptine in three years from the perspective of a health plan with 1,000,000 covered individuals. Conclusion:
From the perspective of private paying source, the projection is that adding saxagliptine with MF save costs
when compared with the addition of rosiglitazone or pioglitazone in patients with DM2 that have not reached
the HbA1c goal with metformin monotherapy. The BIM of including saxagliptine in the reimbursement lists of
health plans indicated significant savings on the three-year horizon.