O ganho de eficiência na gestão aliado ao aumento da liquidez do Mercado de Capitais Brasileiro e Ã
sua importância no financiamento das empresas resultam na maior transparência das informações divulgadas pelas empresas. Atualmente, a expressiva quantidade de empresas que utilizam práticas de Governança Corporativa sugere que tais métodos resulta em benefÃcios para as companhias que as adotam. A maior valorização das ações das empresas que compõem o IGC (Ãndice de Governança Corporativa) e ganhos com maior visibilidade, menores custos de capital e melhora da profissionalização na gestão sugerem que as empresas obtêm vantagens ao ingressar no Novo Mercado nÃvel máximo de Governança Corporativa no mercado brasileiro. A Governança Corporativa e suas práticas contribuem para o aumento da confiabilidade dos investidores, colaboradores, instituições financeiras e mercado em geral. Sabendo-se da importância das práticas de Governança Corporativa, o objetivo do presente trabalho foi identificar a percepção das empresas no Novo Mercado da Bovespa, abordando os impactos da
Governança Corporativa, tendo como principal foco as empresas listadas no Novo Mercado da Bovespa. Para tanto, elaborou-se um questionário com perguntas especificas sobre os benefÃcios e obstáculos enfrentados pela Governança e a entrada e manutenção no novo segmento de listagem da Bovespa, o Novo Mercado. Verificou-se que as empresas, ao adotarem práticas de Governança Corporativa, possuem expectativa de valorização e aumento de liquidez das ações, o que, de fato, ocorre após a implantação dessas práticas. Nota-se ainda que existem entraves quanto à implantação e manutenção da Governança como a conscientização de colaboradores, tempo e excesso de exigências legais para atuação nos seguimentos diferenciados de listagem. A entrada no Novo Mercado da BOVESPA possui vantagens quanto à valorização das ações, o crescimento do interesse de investidores estrangeiros e a visibilidade da companhia no mercado. Seus entraves estão relacionados à dificuldade de conceder igualdade de condições a minoritários e possuir todas ações em negociação, sendo ordinárias. Ressalta-se que formar um Conselho de Administração e Conselho Fiscal, em muitos casos independentes, torna-se um obstáculo enfrentado pelas empresas.