Eugene Rotwein escreveu em sua ‘Introdução’ ao David Hume Writings on Economics que trabalhos sobre a economia de Hume têm sido primordialmente estudos ‘internos’. Além de constituÃrem uma exploração das idéias de Hume sobre o entendimento dos fenômenos econômicos, tais estudos têm tanto investigado as relações entre o seu pensamento filosófico e suas análises econômicas, quanto enfatizado seus elementos psicológicos e históricos. A perspectiva deste artigo é ‘externa’, tratando do pensamento economic de Hume a partir da abordagem à história de Michel Foucault. Foucault via a ‘interioridade’ do pensamento como um duplo do que está fora dele. Foi neste sentido que Foucault investigou o context de Hume de acordo com a noção de ‘episteme’, definindo esta como um conjunto de relações que determinam as formas de pensar. Foucault localizou Hume dentro da ‘episteme clássica’ e eu exploro aqui sua caracterização de maneira a melhor entender as condições de possibilidade do pensamento econômico de Hume.
Eugene Rotwein wrote in his ‘Introduction’ to David Hume Writings on Economics that works on Hume’s economics have been primarily ‘internal’ studies. Beyond exploring Hume’s insights for understanding economic phenomena, they have investigated either the relations between his philosophical thought and his economic analysis or emphasised their psychological and historical elements. The perspective in this paper is ‘external’, dealing with Hume’s economic thought according to Michel Foucault’s approach to history. Foucault sees the ‘interiority’ of thought as a doubling of what is outside of thought. It is in this sense that Foucault investigates Hume’s context according to the concept of ‘episteme’, defining this as a set of relations that determines the ways of thinking. Foucault located Hume within the ‘classical episteme’ and I explore here his characterisation of that moment in order to understand the historical conditions of possibility of Hume’s economic thinking.