O presente artigo parte da provocação de um livro de ficção cientÃfica,
Nevasca, de Neal Stephenson, uma vez que Deleuze afirmou que um livro – um
texto – de filosofia é sempre uma espécie de ficção cientÃfica, para
problematizar o tema da biopolÃtica em sua relação com a escola. Dialogando
com Foucault, com Deleuze e com Lazzarato, os autores exploram diferentes
aspectos da questão da biopolÃtica, especialmente no tocante Ã
governamentalidade e ao controle, para compreender os meandros biopolÃticos
de uma escola contemporânea, que opera mais em termos de controle que
de disciplina, ainda que não prescinda desta. Os esforços teóricos do artigo
são mobilizados, em sua parte final, para pensar as possibilidades de resistência,
de uma re-existência em relação ao controle, na busca de possibilidades de
linhas de fuga e de criação. Uma resistência da multiplicidade em relação ao
unitarismo do controle.
This article starts with the provocation of a science fiction book, Snow
Crash, by Neal Stephenson, as Deleuze said that a book – a text – of philosophy
is always a kind of science fiction, to put in question the subject of biopolitics
in relation with the school. In a dialogue with Foucault, Deleuze and with
Lazzarato, the authors explore different aspects of biopolitics, particularly
regarding the control and the governmentality to understand the biopoliticalintricacies of contemporary school, which operates more in terms of control
than discipline. The theoretical efforts of the article are mobilized in its
final part, to think the possibilities of resistance, a re-existence in relation
to control, in search of possible lines of flight (escape routes) and creation.
A multiplicity’s resistance against the Unitarianism of control.