O presente artigo surgiu a partir do questionamento de como seria possÃvel compreender e aplicar o imaginário coletivo no processo de planejamento e desenho urbanos. O objetivo principal, então, é o de demonstrar como se deu a aplicação prática do cruzamento de métodos de leitura de imagens mentais, numa tentativa de instrumentalizar a leitura popular. Por meio de pesquisa com o público usuário do Largo da Ordem, em Curitiba, PR, nos anos de 2004 e 2005, e com base em pesquisa documental, entrevistas e desenhos feitos pela comunidade, os autores obtiveram material necessário para aplicar o método de mapas cognitivos e criar arborescências, das quais puderam ser extraÃdas diretrizes para um planejamento e desenho urbanos mais próximos à realidade dos usuários da cidade, tentando ratificar a leitura comunitária preconizada por um planejamento urbano participativo. A partir de pesquisa qualitativa, puderam ser delineadas diretrizes de re-dinamização sócio-espacial para tal recorte, com respaldo tanto na bibliografia estudada quanto no material obtido com a comunidade, ratificando que, ao instrumentalizar a comunidade, é possÃvel abrir um caminho para o diálogo entre o técnico e o cidadão (que também inclui os técnicos, pois esses habitam a cidade).
This article is an answer to the question of how it would be possible to understand and apply the collective imagination in the process of urban construction. The main objective is to demonstrate how it came to practical application of cross-reading methods of imagery in the process of urban planning. Through research with the public at the Largo da Ordem, Curitiba, PR, in 2004 and 2005, and based on research, interviews and drawings made by the community, the authors obtained the material needed to apply the method of cognitive maps and create a tree structure from which could be extracted guidelines for planning closer to reality for users of the city, trying to ratify the recommended reading for a participatory planning. Through the qualitative research, the guidelines could be drawn to open a dialogue between the planners and the community.