Crescimento e infl ação na Argentina nos mandatos Kirchner

Revista Novos Cadernos Naea

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Editor Chefe: Edna Maria Ramos de Castro
Início Publicação: 31/05/1998
Periodicidade: Semestral

Crescimento e infl ação na Argentina nos mandatos Kirchner

Ano: 2011 | Volume: 14 | Número: 2
Autores: Pierre Salama
Autor Correspondente: Pierre Salama | [email protected]

Palavras-chave: Desenvolvimento, Crescimento econômico, Industrialização, Argentina

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A Argentina se recolocou com uma industrialização
sustentada e um crescimento elevado desde
2003. A taxa de investimento aumentou, mas
insufi cientemente, as pressões sobre as capacidades de
produção instaladas permanecem fortes. As despesas
sociais e as despesas de assistência cresceram sem
que os grandes equilíbrios macroeconômicos fossem
afetados, à exceção da notável aceleração da alta dos
preços. A distribuição da renda tornou-se menos
desigual. A pobreza diminuiu consideravelmente. O
nível de pobreza, bem como as desigualdades entre
pobres diminuíram igualmente, de acordo com a
Cepal. Uma avaliação econômica e social no geral
boa com, todavia, riscos infl acionistas importantes
e problemas de governança. A retomada econômica
extremamente viva se explica primeiro pelo abandono
da política da taxa de câmbio real apreciada nos anos
noventa. Com a forte desvalorização do peso no
fi nal de 2001 e o abandono consecutivo do Plano
de convertibilidade que estabeleceu uma paridade
nominal entre o peso e o dólar, a Argentina mergulha
em uma crise muito séria, mas a partir de 2003,
o setor industrial, protegido pela taxa de câmbio,
vive um considerável crescimento. Esta retomada
econômica leva ao aumento do emprego e da massa
salarial, apesar da redução dos salários reais produzida
pela crise. A equiparação salarial seguida da alta do
emprego favorecem um aumento do consumo que
“atraem” o crescimento. O aumento das vantagens
e das perspectivas de valorização do capital levam
ao aumento relativo dos investimentos que, com
o aumento das despesas públicas alimentam o
crescimento, como tentaremos demonstrar neste
texto.



Resumo Espanhol:

L’Argentine a renoué avec une industrialisation
soutenue et une croissance élevée depuis 2003.
Le taux d’investissement a augmenté, mais
insuffi samment, les pressions sur les capacités de
production installées demeurant fortes. Les dépenses
sociales et les dépenses d’assistance ont cru sans
que les grands équilibres macroéconomiques aient
été affectés, à l’exception notable de l’accélération
de la hausse des prix. La distribution des revenus
est devenue moins inégale. La pauvreté a fortement
baissé. La profondeur de la pauvreté ainsi que
les inégalités parmi les pauvres ont également
diminué selon la Cepal. Un bilan économique et
social globalement bon avec toutefois des risques
infl ationnistes importants et des problèmes de
gouvernance. La reprise économique extrêmement vive
s’explique d’abord par l’abandon de la politique du
taux de change réel apprécié des années quatrevingt-
dix. Avec la très forte dévaluation du peso
à la fi n de 2001 et l’abandon consécutif du Plan
de convertibilité établissant une parité nominale
entre le peso et le dollar, l’Argentine plonge dans
une crise très forte, mais dès 2003 le secteur
industriel, protégé par le taux de change, connait
une forte croissance. Cette reprise économique
entraîne l’augmentation de l’emploi et de la masse
salariale malgré la réduction des salaires réels
produite par la crise. Le rattrapage salarial ensuite
et la poursuite de la hausse de l’emploi favorisent
une augmentation de la consommation qui
“tirent” la croissance. La hausse des profi ts et des
perspectives de valorisation du capital conduisent
à la hausse relative des investissements qui, jointe à
l’augmentation des dépenses publiques alimentent
la croissance comme nous essayons de démontrer
dans ce texte.