A discussão em torno da cidade contemporânea se torna instigante na medida em que considerada artefato cultural pode ser analisada pelas práticas da sociedade capitalista enquanto uma “arte das distribuiçõesâ€. Nesse viés, esta sociedade é disciplinar e a sua arquitetura pode determinar e separar os espaços nos quais os indivÃduos devem viver e trabalhar, produzindo discursos e práticas de subjetivação por meio de uma tecnologia especifica desenvolvida por estratégia de controle social. Objetiva-se problematizar a escola enquanto arquitetura e espaço que ocupa no tecido urbano na produção de discursos e práticas. A análise deu-se a partir da observação de uma escola municipal localizada no interior de Goiás. As descrições do espaço embasadas nas contribuições de Foucault buscam referências para estabelecer como se efetivam relações de poder-saber, como as arquiteturas das instituições da sociedade disciplinar viabilizam alguns dispositivos que objetivam a disciplinarização. Assim, além de conteúdos e práticas desenvolvidas no interior da escola, o aspecto da arquitetura escolar e o espaço ocupado na cidade contribuem na produção de sujeitos, subjetivando-os e adequando-os à sociedade capitalista.