Objetivo: Analisar a avaliação da saúde de crianças de
creches públicas e privadas de uma cidade do Sul do Brasil
feita por seus responsáveis e investigar sua associação com
fatores socioeconômicos, demográficos e aqueles relacionados
ao estado de saúde.
Métodos: Estudo transversal com amostragem em duplo
estágio (n=589). A coleta de dados incluiu medidas
antropométricas e questionário com variáveis infantis e do
responsável. A avaliação do responsável sobre a saúde infantil
foi coletada como muito boa, boa, regular, ruim ou muito
ruim. Para a análise, as duas primeiras categorias foram
agrupadas e as três últimas indicaram saúde negativa. As
razões de prevalência brutas e ajustadas e seus respectivos
intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculadas
por meio da regressão de Poisson, com ajuste para delineamentos
complexos.
Resultados: Foram avaliadas 531 crianças (90,2%) com
idades de 1,5 meses a 7,5 anos, a maioria de creches públicas
(75,9%). Apenas 8,1% (IC95% 5,8–10,4) tiveram sua saúde
classificada como regular. Crianças hospitalizadas no ano ante-rior, as de raça negra, amarela ou indÃgenas, que ficavam mais de 20 horas por semana na creche e com consumo alimentar considerado “pequeno†pelos pais apresentaram maior prevalência de saúde classificada como regular. Pais que relataram consumir bebidas alcoólicas avaliaram como pior a saúde de seus filhos. Conclusões: A maioria dos responsáveis avaliou positivamente a saúde de seus filhos. Cor da pele, hospitalizações e consumo alimentar foram variáveis independentemente associadas à pior avaliação de saúde infantil pelos responsáveis.
Objective: To analyze the health of children assisted at
public and private daycare centers of a city to the South
of Brazil, and to assess its association with socioeconomic,
demographic, and health-related conditions.
Methods: Cross-sectional study with dual-stage sampling
(n=589). Data collection included anthropometric measures
and a questionnaire with variables related to children and
their guardians. Guardian’s ratings of children’s health
were classified as very good, good, fair, poor, or very poor.
The first two categories were grouped, and the three last
ones indicated poor health. Crude and adjusted prevalence
ratios (PR) with 95% confidence intervals (95%CI) were
calculated using Poisson’s regression, with adjustment for
complex designs.
Results: 531 children (90.2%) aged between 1.5 months
and 7.5 years were evaluated, most of whom were assisted
in public day care centers (75.9%). Only 8.1% (95%CI
5.8–10.4) of the guardians rated children’s health as fair.
Children who were hospitalized in the past year, those classified
as black, Asiatic or native Americans, those who spent
more than 20 hours per week in the daycare center, and
those whose food intake was considered ‘not sufficient’ by
their parents had a higher prevalence of health classified as
regular. Parents who reported alcohol consumption assessed
their children’s health as poor.
Conclusions: Most caregivers had a positive evaluation of
their children’s health. Skin color, previous hospitalizations,
and children’s food consumption were variables independently
associated with a non-optimal evaluation of children’s
health by their parents.
Objetivos: Analizar la evaluación de la salud de niños en guarderÃas públicas y privadas de una ciudad del Sur de Brasil por sus responsables e investigar su asociación con factores socioeconómicos, demográficos y relacionados al estado de salud. Métodos: Estudio transversal, con muestreo en doble etapa (n=589). La recolección de datos incluyó medidas antropométricas y cuestionario con variables infantiles y del responsable. La evaluación del responsable sobre la salud infantil fue clasificada como muy buena, buena, regular, mala o muy mala. Para el análisis, las dos primeras categorÃas fueron agrupadas y las tres últimas indicaron salud negativa. Las razones de prevalencia brutas y ajustadas y sus respectivos intervalos de confianza de 95% (IC95%) fueron calculados por medio de la regresión de Poisson, con ajuste para delineaciones complejas.Resultados: Se evaluaron a 531 niños (90,2%), con edades de 1,5 meses a 7,5 años, la mayorÃa era de guarderÃas públicas (75,9%). Solamente el 8,1% (IC95% 5,8–10,4%) tuvieron su salud clasificada como regular. Niños que fueron hospitalizados el último año, con color de la piel negra, amarilla o india, que quedaban más de 20 horas por semana en la guarderÃa y con consumo alimentar considerado «pequeño» por los padres presentaron mayor prevalencia de salud clasificada como regular. Padres que relataron consumir bebidas alcohólicas evaluaron como peor la salud de sus hijos. Conclusiones: La mayorÃa de los responsables evaluó positivamente la salud de sus hijos. Color de la piel, hospitalizaciones y consumo alimentar fueron variables independientemente asociadas a peor evaluación de salud infantil por los responsables.
Palabras clave: niños; pre-escolar; padres; guarderÃas; hospitalización.child; preschool child; parents; child day
care centers; hospitalization.