Simultaneidade dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis em adolescentes: prevalência e fatores associados/ Clustering of risk factors for chronic noncommunicable diseases among adolescents: prevalence and associated factors

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Simultaneidade dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis em adolescentes: prevalência e fatores associados/ Clustering of risk factors for chronic noncommunicable diseases among adolescents: prevalence and associated factors

Ano: 2012 | Volume: 30 | Número: 3
Autores: K. S. Silva, A. S. Lopes, D. G. Vasques, F. F. Costa, R. C. Silva
Autor Correspondente: K. S. Silva | [email protected]

Palavras-chave: fatores de risco; comportamento de risco; adolescente; doença crônica/ risk factors; risk-taking; adolescent; chronic disease.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Estimar a prevalência e os padrões dos fatores
de risco para doenças crônicas não transmissíveis segundo o
nível socioeconômico e a idade dos adolescentes.
Métodos: Estudo transversal de base escolar envolvendo
1.675 adolescentes (53% do sexo feminino), com idades de
11 a 17 anos, de escolas públicas e privadas. O consumo
de tabaco e álcool, o alto consumo de gordura na dieta e
o baixo nível de atividade física constituíram as variáveis
comportamentais. Circunferência da cintura e pressão arterial
elevada, assim como e baixa aptidão cardiorrespiratória
compuseram as variáveis biológicas. Regressão logística multinomial foi realizada para identificar variáveis associadas
à simultaneidade dos fatores de risco para doenças crônicas
não transmissíveis.
Resultados: Dos adolescentes, 62 e 31% apresentaram
baixa aptidão cardiorrespiratória e elevado consumo de
gordura, respectivamente. Dois em cada dez adolescentes
tinha dois ou mais comportamentos de risco, e um terço
deles tinham pelo menos dois fatores de risco biológicos
para doenças crônicas não transmissíveis. No total, 62% dos
adolescentes tinham pelo menos dois fatores de risco para
doenças crônicas não transmissíveis, com maior frequência
nos estudantes mais velhos. Na análise simultânea de todas
as variáveis, observou-se que o aumento da idade esteve
associado ao acúmulo de dois ou mais fatores de risco (sexo
masculino com OR 2,10, e feminino com OR 5,74).
Conclusões: Seis em cada dez adolescentes tinham pelo
menos dois fatores de risco, enquanto a proporção do agrupamento
desses fatores aumentou com a idade. Portanto,
quanto mais precoce forem as intervenções, provavelmente
menos adolescentes estarão acometidos por agravos à saúde
em idades mais avançadas.



Resumo Inglês:

Objective: To determine the prevalence and clustering
patterns of risk factors for chronic noncommunicable
diseases, according to the socioeconomic level and age of
adolescents.
Methods: School-based cross-sectional study with 1,675
adolescents (females – 53%) aged 11 to 17 years-old, randomly
selected from private and public schools. Behavioral
variables were defined as tobacco and alcohol consumption,
high consumption of fat in the diet, and low physical activity
level. Biological risk factors were defined as high waist
circumference and blood pressure, and low cardiorespiratory
fitness. Multinomial logistic regression was applied to
identify variables associated with clustering of risk factors
for chronic noncommunicable diseases.
Results: 62 and 31% of adolescents presented low
cardiorespiratory fitness and high fat intake, respectively.
Two out of ten adolescents had two or more unhealthy
behaviors, and one-third had at least two risk factors for
noncommunicable diseases. A total of 62% of adolescents
had at least two risk factors for noncommunicable diseases,
with more frequent clustering among older teenagers.
Analysis with both behavioral and biological variables
showed that the older age was associated with the presence of two or more risk factors for noncommunicable diseases
(males: OR 2.10; females: OR 5.74).
Conclusions: Six out of ten adolescents had at least
two noncommunicable diseases risk factors. There was
an association of clustered factors with age, regardless of
gender. Thus, interventions aiming at reducing clustering
of risk factors for noncommunicable diseases at older ages
must begin early in life.



Resumo Espanhol:

Objetivo: Estimar la prevalencia y los estándares de
los factores de riesgo para enfermedades crónicas no transmisibles,
según el nivel socioeconómico y la edad de los
adolescentes de Caxias do Sul, en Rio Grande do Sul, Brasil.
Métodos: Estudio transversal de base escolar, involucrando
a 1.675 estudiantes (53,2% del sexo femenino), con
edades entre 11 y 17 años, de escuelas públicas y privadas.
El consumo de tabaco y alcohol, el alto consumo de grasa
en la dieta y el bajo nivel de actividad física constituyeron
las variables comportamentales. Circunferencia de la cintura
y presión arterial elevada y baja aptitud cardiorrespiratoria
compusieron las variables biológicas. Se realizó regresión
logística multinominal para identificar variables asociadas a
la simultaneidad de los factores de riesgo para enfermedades
crónicas no transmisibles.
Resultados: De los adolescentes, el 61,6 y el 31,2% presentaron
baja aptitud cardiorrespiratoria y elevado consumo
de grasas, respectivamente. Dos en cada diez adolescentes
tenían dos o más comportamientos de riesgo y un tercio
de ellos tenía al menos dos factores de riesgo biológico para enfermedades crónicas no transmisibles. En total, el
62,0% de los adolescentes tenían al menos dos factores de
riesgo para enfermedades crónicas no transmisibles, con
mayor frecuencia en los estudiantes mayores. En el análisis
simultáneo de todas las variables, se observó que el aumento
de la edad estuvo asociado a la acumulación de dos o más
factores de riesgo (sexo masculino con OR 2,10 y femenino
con OR 5,74).
Conclusiones: Seis en cada diez adolescentes tenían al
menos dos factores de riesgo, mientras que la proporción del
agrupamiento de esos factores aumentó con la edad. Por lo
tanto, cuanto más temprano tienen lugar las intervenciones,
probablemente menos adolescentes serán acometidos por
problemas de la salud en edades más avanzadas.