Foram analisadas as práticas e os sentidos do aconselhamento para gestantes submetidas ao teste anti-HIV na admissão para o parto, e para profissionais de saúde que atuam na assistência à maternidade em Salvador, Brasil. Foi realizado um estudo qualitativo em uma maternidade, com observação participante e entrevistas semiestruturadas com 13 puérperas sem diagnóstico prévio para o HIV e sete profissionais de saúde. Observou-se que o exame anti-HIV é realizado de forma compulsória, sem considerar a autonomia da gestante, e que o aconselhamento se limita a informar o diagnóstico e dar orientações no pós-teste somente à quelas cujos resultados foram positivos. Os sentidos que permeiam o exame, assim como o entendimento da experiência e os significados construÃdos pelas puérperas, sobretudo quando se descobrem positivas para o HIV, não são abordados pelos profissionais, que não se sentem capacitados para acolherem a subjetividade das pacientes.
The practices and meanings of counseling for pregnant women who underwent HIV testing on admission for delivery, and for healthcare professionals working in childbirth care in Salvador, Brazil, were analyzed. A qualitative study was conducted in a maternity hospital using participant observation and semi-structured interviews with 13 puerperae with no previous diagnosis of HIV and with seven healthcare professionals. It was observed that the anti-HIV test was done compulsorily, without taking into account the pregnant woman's autonomy. The counseling was limited to informing the diagnosis and giving guidance after the test, only to the HIV-positive women. The meanings that permeated the test and the comprehension of the experience and meanings constructed by the women, especially when they were discovered to be HIV-positive, were not addressed by the professionals, who did not feel qualified to deal with the patients' subjectivity.
Fueron analizadas las prácticas y los sentidos de aconsejador para gestantes sometidas a pruebas anti-VIH durante la admisión para el parto, y para profesionales de salud que trabajan en la asistencia en maternidad de Salvador, Bahia, Brasil. Fue realizado un estudio cualitativo en una maternidad mediante observación participante y entrevistas con 13 puérperas sin diagnostico previo de VIH y siete profesionales de salud. La prueba anti-VIH es realizada de forma obligatoria sin tomar en cuenta la autonomÃa de la gestante y que el aconsejador se limita a informar el diagnóstico y orientaciones posteriores a la prueba, sólo para mujeres cuyos resultados son positivos. Experiencias y significados construidos por las puérperas, principalmente cuando se descubren positivas para el VIH, no son abordados por los profesionales de salud, que no se sienten capacitados para lidiar con la subjetividad de las pacientes.