O ideal amplamente divulgado da Inclusão Educacional é discutido neste trabalho, no contexto de ensino de Matemática para surdos em uma escola inclusiva. Para isso, realizamos a observação de 15 (quinze) encontros de duas aulas geminadas (cada encontro) de Matemática em uma turma de 9º ano do Ensino Fundamental, em uma escola pública do Estado do Paraná, buscando elencar as caracterÃsticas dessa inclusão educacional. As observações foram registradas em Notas de Campo que foram analisadas com o duplo objetivo de identificar se o cotidiano escolar é significativamente alterado pela presença de duas alunas surdas e de uma Intérprete de LÃngua de Sinais em sala de aula, bem como se esta situação de diferença linguÃstica permite à s alunas vivenciar situações escolares inclusivas. Foram identificadas questões importantes que se opõem a uma verdadeira inclusão de alunos surdos, como: troca/incompreensão dos papéis entre o Intérprete de LÃngua de Sinais e o professor de Matemática, influência das ideias do Intérprete no ensino do professor e no aprendizado dos alunos surdos, dificuldades de comunicação entre surdos e demais sujeitos ouvintes, aprendizado insatisfatório em Matemática dos alunos surdos observados.
The widely publicized ideal of the Inclusion Education is discussed in this paper considering the teaching of Math in the context of an inclusive school to deaf students. In this way, we observed 15 (fifteen) Math meetings at a 9th grade in a public Elementary school situated in Paraná State. Each meeting consisted of two detached classrooms and during that period we tried to list the most relevant characteristics of that inclusion education. The observations were registered in field notes which were analyzed concerning the aim of identifying if the daily school is changed meaningfully by the presence of two deaf students and of a Sign Language interpreter in the classroom, and also if that situation of linguistic difference allows that the deaf students participate of the inclusive academic activities. It was identified important questions that are opposite to a real inclusion of deaf students, such as: exchange/incomprehension of roles between the Sign Language interpreter and the teacher of Math; influences of the interpreter’s ideas in the teacher’s process of teaching and in the deaf students’ process of learning; communication difficulties among the deaf students and the other students in the classroom and Math unsatisfactory learning of the observed deaf students.