Este artigo busca analisar as influências da cultura religiosa na marginalização feminina do processo de construção da Ciência, tomando como referência a sua participação no âmbito educacional. A posição de desvantagem em que historicamente a mulher se encontrou no mundo cientÃfico, foi legitimada por uma tradição intelectual que teorizou e construiu uma educação desigual para os sexos: o masculino sempre esteve associado ao racional e à capacidade de decisão, enquanto que o feminino foi tido como sinônimo de sensibilidade e submissão. Estas teorias buscaram e encontraram legitimidade em algumas das principais vertentes religiosas do Ocidente.