Para um melhor entendimento do sistema de produção no sertão da Bahia – a
que este artigo se propõe – faz-se necessário dar uma volta ao espaço agropecuário
oitocentista e notar que o território continua sendo regido por muitas das normas e
poderes instituÃdos no perÃodo colonial, enraizados e “aperfeiçoados†sesmarialmente
para o perÃodo provincial brasileiro e passados hereditariamente a diversas regiões do
Brasil contemporâneo. Os rebatimentos socioespaciais dessa hereditariedade sesmeira e
latifundiária perduram no recorte regional deste trabalho. O presente artigo pretende
trilhar a direção no sentido de contribuir para uma reflexão sobre a tese levantada por
alguns autores de um feudalismo brasileiro que teve seu auge durante o século XIX e
que preferimos chamar esse fenômeno de uma economia de relações não-capitalistas,
refletido – ainda nos dias atuais – no modo de viver do habitante sertanejo do Estado da
Bahia.
For a better understanding of the system of production in Brazil and more
specifically in the backwoods of the Bahia – that this article proposes – it is made
necessary goes round the farming space in the 18th century and to notice that the
territory keeps on being governed by a great deal of the standards and powers set up in
the colonial period, taken root and "perfected" for the provincial period Brazilian and
passed hereditarily to contemporary Brazil. The rebeats space-partner of this hereditary
succession allottee and landowner last a long time in the regional cutting out of this
work. The present article intends to tread the direction in the sense of contributing to a
reflection on the theory lifted by some authors of a Brazilian feudalism that had his
height during the 19th century and that we preferred call this phenomenon of an
economy of relations non-capitalists, reflected – still in the current days – in the way of
living on the inhabitant from the backwoods.