Em razão do aumento progressivo da população idosa e da complexidade que envolve o processo de cuidar do idoso em instituição de longa permanência, exige-se do cuidador formal preparo e conhecimentos especÃficos. Este estudo foi realizado com o objetivo de conhecer as concepções de conceito de cuidar formuladas por cuidadores formais de idosos, em uma instituição asilar do municÃpio de Fortaleza-CE, Brasil. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de natureza qualitativa, realizado com sete cuidadores formais de uma instituição de longa permanência, no mês de julho de 2009. Os dados foram coletados por meio da gravação de entrevistas semiestruturadas e examinados mediante análise temática de conteúdo. Quanto à caracterização dos participantes do estudo, a idade variou entre 20 e 40 anos, predominaram cuidadores do sexo feminino, residentes em Fortaleza, casados, com escolaridade de até dez anos de estudos, e aqueles com um a dois anos de tempo na função. Dos depoimentos, emergiram cinco categorias temáticas que configuram a concepção de cuidar desses cuidadores: cuidado como técnica/assistência; cuidado como interação; cuidado como subjetividade; cuidado como atitude; cuidado como descaracterização do sujeito. Percebeu-se a dificuldade de esses cuidadores compreenderem a amplitude do conceito de cuidado, evidenciado pela tendência em reduzir a prática de cuidar a mera execução de procedimentos técnicos, assim como pela fragmentação do cuidado, o que pode contribuir para a desvalorização dos sujeitos envolvidos no processo de cuidar.
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