A atual crise econômica acha-se, durante longo tempo, intrinsecamente ligada à dinâmica contÃnua relativa à densificação dos processos de construção de edifÃcios e estradas, afetando a qualidade ambiental das terras continentais de Veneza e promovendo aumento, o que ocorre sem perspectivas de conclusão do consumo de terras. Os principais riscos concernem irremediáveis processos de devastação e desaparecimento da herança pública regional (heritage) que remonta aos Seiscentos, anos do então cedo “milagre†econômico. Uma consciência mais imediata dessa tendência de crescimento deriva de uma perspectiva empÃrica: viajar pela região do Veneto consiste numa maneira de entender a confusão disforme representada pelo urban sprawl, o qual se estende para além da cidade, tornando-se esta desprovida de campo. Achamo-nos assim, infelizmente, diante de insaciáveis tendências incrementais que não se acham totalmente relacionadas com as exigências legÃtimas e desejáveis de desenvolvimento harmonioso, expressando de preferência apetites relativos a uma corrida sem regras, que está mais adequada à expansão do consumismo, à especulação de terras, ao aumento do uso do cimento e à s necessidades de mais estradas. O urban sprawl engendra uma crueza generalizada em termos de desconforto e conflito social, reduzindo perspectivas de sociabilidade e condivisão. A palavra “desconforto†foi usada de propósito para realçar os efeitos negativos do sentido amplo que assume a densificação caótica que abrange as malhas da centuriação romana, as mais expressivas realizações da paisagem palladiana, as margens dos cursos de água e os arredores dos antigos centros das cidades. Quanto ao sistema hidrográfico, e a despeito das várias infrações sofridas, as terras continentais de Veneza continuam proporcionando ambientes aquiferos de incontestável expressão e beleza, espaços nos quais a antropização secular acha-se representada pelo extraordinário patrimônio cultural, sobretudo palladiano, que deve constituir uma base para alertar a sociedade contra as ameaças iminentes e difusas ao heritage regional. Riverscapes tem que ser considerado como um elemento chave por trás da tomada de quaisquer decisões urbanas verdadeiramente inovadoras tendo em vista uma polÃtica de uso da terra sensÃvel a preservação e requalificação do ambiente, da qual podem derivar oportunidades efetivas à consolidação de uma elevada qualidade de vida.
The current economic crisis is strictly dealing with a long time undisturbed dynamics of building and road densification affecting the environmental quality of the Venice mainland and such increase in land consumption shows no sign of slowing down. Main risks concern irremediable devastations and dissipations of the regional public heritage perpetrated ever since the Sixties, the early years of the economic “miracleâ€. A more immediate awareness of these incremental trends derives from an empirical approach: travelling in the Veneto region is the proper way to grasp the shapeless hybrid mess represented by urban sprawl, which extends beyond the city yet is devoid of any countryside. These are unfortunately insatiable incremental trends not totally related to the legitimate and desirable requirements of harmonious development, and rather express the appetites of a race without shared rules towards the expansion of consumerism, land speculation, increased use of cement and the need for roads. Urban sprawl generates a widespread crudeness of discomfort and social conflict, declining furthermore shared sociality. The word “unease†was even used to underscore the negative effects in a broad sense of the chaotic densification between the meshes of the ancient Roman centuriation, amid the most highly-prized achievements of the Palladian landscape, bordering on river courses and around old-town centres. As to the hydrographical system and despite the numerous offences suffered, the Venice mainland still continues to offer major water endowments of undisputable beauty, where the centuries-old anthropization of these areas has implanted an extraordinary cultural heritage, in which Palladio played a major role, a further added value which should sound as a warning against potential dissipative threats. Riverscapes have to be considered as the key element behind the making of any truly innovative urban choices and for a land-use policies sensitive to the preservation and requalification of the environment and from which derive effective opportunities for the consolidation of a high quality of life.
