O artigo analisa uma série recém-localizada de editais e pautas, emitidos pelo bispado
entre 1759 e 1809 para a procissão de Corpus Christi da cidade do Rio de Janeiro, como
meios de comunicação recorrentes entre o episcopado e a população. A partir desses
documentos, sugere-se que a procissão constitui também um rito de separação no Antigo
Regime e que os editais e as pautas são uma espécie de calendário ritual.