Este trabalho tem por objetivo verificar se a análise fundamentalista, baseada em Ãndices contábeis, tem o mesmo poder de prever retornos anormais futuros que modelos de precificação de ativos. Os dados foram coletados a partir do banco de dados Economática, as empresas estudadas são aquelas com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo no perÃodo de 1994 a 2006. Foram elaborados dois portfólios de empresas, um com base no modelo Residual Income Valuation de Ohlson e outro com base na proposta de R_score formulada por Piotroski. Por meio dos testes de média e de mediana, verificou-se então se existem diferenças nas performances das ações das empresas dos dois portfólios para um e dois anos após a construção dos mesmos. O resultado da pesquisa indica uma performance estatisticamente superior do portfólio de Ohlson, 46,97% de retorno anormal no primeiro ano contra 11,55% do portfólio Piotroski, para o segundo ano Ohlson obteve 67,54% de retorno anormal, enquanto o portfólio Piotroski obteve 14,00%. Concluindo que o modelo Ohlson consegue selecionar empresas cujas ações terão performance futura superior à s empresas selecionadas no portfólio Piotroski.