Tentarei ser conciso neste texto ao abordar uma questão em constante debate entre filósofos, lingüistas,antropólogos, psicanalistas e outros estudiosos, ora com mais ou menos propriedade: a ideologia. Trata-se de um assunto muito controverso tanto no senso comum, quanto no meio acadêmico e envolvido em uma rede de conceitos estereotipados por meio de vieses partidários, polÃticos, cientÃfico-metodológicos. A ideologia é entendida - entre as múltiplas formas que os cientistas têm de vê-la em diferentes momentos históricos -como pensamento dominante, conjunto de idéias, ou como consciência de classe; ou tomada como prática diária que embriaga e constitui o sujeito tal como ele é. Muitas são as maneiras de ver a ideologia, mas nem por isso podemos cair na inocência de simplesmente rechaçar aquelas que não nos convêm sem no mÃnimo as conhecer ou ter uma alternativa paralelas Dada a complexidade deste assunto e os vários teóricos que nele se aventuraram, decidi fazer um recorte histórico, que é do conhecimento de muitos entendidos no assunto, delimitando o que se chama de dois grandes perÃodos no conceito de ideologia o primeiro que contempla a ideologia como consciência e o segundo em que é tida como prática inconsciente.