CONTEXTUALIZAÇÃO: Estudos sobre o comportamento da força muscular respiratória (FMR) em obesos mórbidos têm produzido resultados conflitantes.
OBJETIVOS: Avaliar a FMR de obesas mórbidas e comparar com os valores preditos por diferentes equações matemáticas encontradas na literatura.
MÉTODO: Estudo transversal realizado com 30 obesas mórbidas e grupo controle constituÃdo por 30 eutróficas. Foram avaliadas as caracterÃsticas antropométricas e as pressões respiratórias máximas. Foi utilizada análise visual de Bland-Altman para avaliar o viés de concordância entre as equações estudadas, considerando significativo p<0,05.
RESULTADOS: As obesas mórbidas apresentaram aumento significativo nos valores obtidos de pressão inspiratória máxima (PImáx) (-87,83±21,40 cmH2O) em comparação com as eutróficas (-72±15,23 cmH2O) e redução significativa da PImáx (-87,83±21,40 cmH2O) segundo os valores previstos pela equação EHarik (-130,71±11,98 cmH2O). Quanto à pressão expiratória máxima (PEmáx), não houve diferenças nos valores obtidos entre os grupos (p>0,05), assim como não foram observadas concordâncias dos valores obtidos e previstos de PEmáx segundo as equações ENeder e ECosta. Na análise de Bland-Altman, foi observada maior validade na equação de Harik-Khan para predizer a PImáx nas obesas, já, para a predição da PEmáx, não foi possÃvel visualizar qual das equações apresentou maior validade.
CONCLUSÕES: Mulheres obesas mórbidas apresentaram maior força muscular inspiratória do que eutróficas. Das três equações utilizadas, a de Harik-Khan parece ser a mais apropriada para calcular os valores de referência das medidas de Plmáx para obesas mórbidas. Mulheres obesas mórbidas e eutróficas parecem apresentar semelhança no comportamento da força dos músculos expiratórios, entretanto esses achados são inconclusivos.