A prática do treinamento resistido (TR) tem sido estimulada por importantes sociedades relacionadas à medicina do esporte e prevenção/tratamento de algumas doenças de ordem musculoesqueléticas e, assim, sua prática para o tratamento de doenças crônicas tem sido discutida. Porém, há limitações severas no delineamento experimental de muitos estudos e tal limitação cria vieses em sua aplicação para tais fins. O objetivo deste estudo foi analisar, utilizando um modelo de revisão sistemática da literatura nacional, a qualidade metodológica dos artigos cientÃficos empregados no treinamento com pesos em adultos e, dessa forma, identificar possÃveis lacunas na literatura nacional. A revisão sistemática da literatura foi realizada em uma base de dados eletrônica. A busca eletrônica foi realiza na Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Dentre os artigos detectados, critérios de inclusão foram estabelecidos: (i) estudo original envolvendo a prática do treinamento com pesos, (ii) estudo realizado no Brasil, (iii) não ser estudo de revisão, (iv) não envolver outros grupos etários, caso de crianças e adolescentes. A análise estatÃstica dos dados foi composta pelo teste qui-quadrado para comparar proporções e teste exato do Fisher. Dentre os estudos que analisaram desfechos relacionados à saúde, 75% utilizaram grupo controle, ao passo que apenas 26,7% dos estudos que não analisaram saúde utilizaram grupo controle. Apenas 47,8% dos estudos utilizaram o teste de 1RM para prescrever intensidade. Dos 23 artigos analisados apenas 30,4% utilizou a familiarização previamente ao protocolo de treinamento. Há mais trabalhos cientÃficos com amostras do sexo masculino. Por fim, nossos achados permitem concluir que há significativa ausência de critério na condução dos estudos nacionais envolvendo TR. Além disso, existe pouca informação nacional sobre a aplicação do TR visando melhoras na saúde e que tal ausência é mais sentida em grupos etários especÃficos, caso de crianças e adolescentes.