A hipótese de que alterações quÃmicas no solo, proporcionadas pela aplicação de doses de calcário
prejudicam o desenvolvimento de algumas infestantes e beneficiam outras foi sugerida. Para tanto, estudou-se o
efeito de doses de calcário aplicadas ao solo sobre a emergência e desenvolvimento inicial das espécies de plantas
daninhas monocotiledôneas e dicotiledôneas infestantes de canaviais. Foram instalados dois experimentos em
delineamento experimental inteiramente casualizado, em quatro repetições, ambos em vasos (3 L) e em casa de
vegetação. Os esquemas fatoriais foram 5 x 4 e 6 x 4, sendo alocadas no primeiro fator as espécies monocotiledôneas
(Brachiaria decumbens, Brachiaria brizantha, Panicum maximum, Digitaria horizontalis, Rottboellia exaltata) para
o primeiro experimento e dicotiledôneas (Ipomoea quamoclit, Ipomoea grandifolia, Ipomoea purpurea, Ipomoea nil,
Merremia aegyptia, Euphorbia heterophylla) no segundo experimento; o segundo fator representou as doses de
calcário (0, 800, 1600 e 3200 kg ha-1
) para ambos os experimentos. Avaliou-se até o 15° dia após semeadura (DAS)
o número de plantas emergidas, posteriormente, calculou-se a emergência (%) e o Ãndice de velocidade de
emergência; aos 49 DAS aferiu-se a altura e o número de folhas, massa seca da raiz e parte aérea das plantas. A
hipótese inicial foi confirmada como verdadeira, pois a dose de 3200 kg ha-1
de calcário estimulou a emergência e
prejudicou o acúmulo de massa seca nas plantas monocotiledôneas, enquanto que nas dicotiledôneas a dose máxima
foi indiferente na emergência, mas prejudicou o acúmulo de massa seca.