O artigo investiga as diferenças, em termos de qualidade informacional medida através do atributo do conservadorismo condicional, entre os lucros de companhias brasileiras de capital aberto com ações negociadas na BM&FBOVESPA auditadas pelas Big Four e pelas demais firmas de auditoria. O teste de existência e de maior incidência de conservadorismo foi realizado por meio das medidas de reconhecimento tempestivo assimétrico de perdas contidas nos coeficientes dos modelos desenvolvidos por Basu (1997) e Ball e Shivakumar (2005). A amostra foi composta por 597 empresas no perÃodo de 2001 a 2010. Utilizou-se regressão com dados em painel desbalanceado, processada pelo método GMM-SYS. A hipótese de pesquisa é que as companhias de capital aberto auditadas pelas firmas classificadas como Big Four expõem um nÃvel de conservadorismo condicional significantemente maior do que o contido nas demonstrações contábeis das empresas auditadas pelas demais firmas de auditoria independente. Os resultados da pesquisa não permitiram que se aceitasse a hipótese, pois em dois dos modelos estimados não se detectou distinção no nÃvel de conservadorismo entre os dois grupos considerados, enquanto que o terceiro modelo indicou que os lucros divulgados pelas empresas não auditadas por firmas Big Four é que são mais conservadores.