O texto tem como objetivo compreender criticamente as concepções de
Administração e administrador de graduandos em Administração –
iniciantes e concluintes – de duas universidades públicas federais de um
estado do Nordeste brasileiro. Realizaram-se dois tipos de entrevistas,
com doze sujeitos. Entre os resultados, destacam-se algumas dimensões.
Sobre os motivos para a escolha do curso de Administração, estão:
vocação; conveniência; ser um curso generalista; como complemento;
curso substituto; e, ainda, voltado para a prática. No tocante à s
representações de Administração, predominam: ciência, arte, mediação,
pragmatismo, senso comum e adiamento. Sobre o administrador, há um
silêncio discursivo, emergindo em seu lugar: o professor, o empreendedor
e o servidor público. Os resultados indicam que a natureza, a
conceituação, e o papel da Administração e do administrador na
sociedade e nas organizações não estão claros para os sujeitos
entrevistados. Tal indefinição gera para os entrevistados riscos,
principalmente ontológico, ao não conseguirem definir o que seja
administração, e instrumentalizarem o exercÃcio da profissão – e
existencial – ao discursivamente silenciarem sobre si mesmos como
administradores no futuro.