O presente artigo busca elucidar reflexões sobre as mudanças ocorridas nas
relações de trabalho, principalmente nas últimas décadas, a partir da
discussão do processo de substituição parcial do conceito de qualificação
profissional para o conceito de competências. Constatou-se que essa
alteração conceitual coincidiu com uma série de mudanças estruturais e, em
nÃvel intraorganizacional, mudanças nas polÃticas de gestão de pessoas. Para
evidenciar tal constatação, foi feita uma contextualização do cenário
brasileiro em relação à evolução do mercado de trabalho e às condições de
qualificação profissional. Em seguida, realizou-se uma revisão teórica da
origem desses dois conceitos e foram levantadas algumas perspectivas
presentes na literatura para as relações de trabalho e a identidade dos
indivÃduos no trabalho. Ao final, constatou-se que a dicotomia entre
qualificação profissional e competências remete a dois modelos de gestão
distintos, que, na realidade brasileira, coexistem.