Contrapondo o paradigma funcionalista, a teoria das organizações no Brasil vem sendo
enriquecida pela diversidade de correntes epistemológicas, tais como humanista radical,
estruturalista radical e a interpretativa. Uma série de trabalhos é publicada, anualmente, em
periódicos e encontros, mostrando a vitalidade dessas perspectivas alternativas de análise.
Nesse sentido, o presente trabalho busca apresentar uma destas alternativas: os Estudos CrÃ-
ticos em Administração (ECA) afiliada a correntes filosóficas e sociológicas, tais como a
teoria crÃtica e o pós-modernismo. Esta vertente surge a partir de uma perspectiva
multiparadigmática que se propõe a questionar os pressupostos do mainstream que eram – e
de certa medida ainda continuam sendo – marcados por uma inclinação positivista e marxista. A emergência dessa alternativa teórica é o resultado de um declÃnio e desilusão com os
pressupostos modernistas, tanto teóricos como práticos que norteiam o campo organizacional.
Ao lançar um novo olhar sobre a administração, os ECA ampliam a lente de análise de profissionais, pesquisadores e estudantes, bem como proporcionam um novo escopo teórico para
melhor compreensão do objeto primo da administração: as organizações.
In opposition to the functionalist paradigm, the theory of the organizations in Brazil has
been enriched by diversity of epistemological chains, such as radical humanism, radical
structuralism and the interpretative chain. A series of papers are annually published in
periodicals and meetings, showing the vitality of these alternative perspectives of analysis.
In this sense, the present paper intends to present one of these alternatives: the Critical
Management Studies (CMS). Affiliated to philosophical and sociological chains such as the
critical theory and postmodernism, this rises from a multiparadigm perspective that
proposes to question the mainstream presumptions that were – and to a certain point still
continue to – marked by positivist and Marxist tendencies. The emergency of this theoretical
alternative is the result of a decline and disillusion in modernist presumptions, theoretical
as well practical that guides the organizational field. When launching a new out look on
management, CMS extends the lens of analysis of professionals, researchers and students,
as well as provides a new theoretical scope for better understanding of the prime object of
management: organizations.