Este artigo apresenta a região fronteiriça de Brasil, Argentina e Uruguai através dos discursos da população local, argumentando no sentido de que a circulação de narrativas orais se mostra como um dos principais elementos constituidores desta que se configura como uma “cultura da fronteiraâ€. O texto está dividido em três partes que procuram cruzar teoria e etnografia. A primeira busca uma aproximação com o conceito de fronteira; a segunda expõe, através de um panorama “macroâ€, o perfil da zona pesquisada, com uma descrição dos principais pontos de convergência entre os três paÃses; e a terceira demonstra, através de um panorama “microâ€, calcado na etnografia, as relações pessoais – ou
“intrafronteiriças†– de comércio, famÃlia, idioma, trabalho e lazer. A ideia que permeia o texto é a de que importam menos os limites e as identidades nacionais dos paÃses em questão e mais os sujeitos e as dinâmicas identitárias que são articuladas enquanto eles transitam pelas fronteiras, carregando consigo experiências e narrativas.