REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O LIDAR COM A DIFERENÇA NA ESCOLA ENTRE ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS - MT

Revista Educação Cultura e Sociedade

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ISSN: 2237-1648
Editor Chefe: Dra. Leandra Ines Seganfredo Santos
Início Publicação: 31/01/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O LIDAR COM A DIFERENÇA NA ESCOLA ENTRE ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS - MT

Ano: 2013 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: C. H. M. Barbosa
Autor Correspondente: C. H. M. Barbosa | [email protected]

Palavras-chave: representações sociais, relações intergrupais na escola, diferença, alteridade, dinâmica intrafamiliar.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo é fruto da integração de duas vertentes de pesquisa do projeto “As múltiplas faces da violência na escola” intituladas “A construção de vínculos grupais na escola” e “Comportamento na escola e dinâmica intrafamiliar”, desenvolvidas pelo Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Educação e Sociedade (NIPES), da Faculdade de Quatro Marcos (FQM/MT). Objetivou-se analisar a estruturação das representações sociais, por parte de alunos de escolas da rede municipal de educação de São José dos Quatro Marcos - MT, em torno do lidar com as diferenças intergrupais, construídas no espaço escolar. Como problematização específica, estabeleceu-se o entendimento da correlação entre vivências intrafamiliares e comportamento violento entre estudantes, ocorridos no referido contexto. Participaram de entrevistas semi-estruturadas estudantes, com idades entre 14 e 17 anos, durante o primeiro semestre de 2010. As representações sociais captadas foram trabalhadas pelo método da Análise de Conteúdo Temática, sendo abordados núcleos de sentido, entorno dos quais, gravitavam imaginários sobre o lidar com a diferença, nas escolas. Os resultados evidenciaram que os adolescentes apresentavam uma extrema dificuldade com relação à convivência com o outro, ficando em cheque a alteridade. Ressaltaram a existência de fragmentação, cada vez mais acentuada, entre seus colegas em grupos diferenciados, sendo algo temido e indesejado. Atos discriminatórios contra membros de grupos diferentes aos seus foram classificados como “zoação” ou “brincadeira”. Ao passo destas constatações, estes adolescentes apresentaram-se, extremamente, desamparados, principalmente, no interior de suas famílias. Ficou evidente a reprodução, na escola, de violências sofridas e/ou presenciadas em família, pautando, assim, as relações intergrupais.



Resumo Inglês:

This article is result of the integration of two kinds of project research "The multiple faces of the violence at school" entitled "The construction of group ties at school" and "Behavior at school and intra-family dynamics," developed by the Interdisciplinary Nucleus of Research in Education and Society (NIPES), from Quatro Marcos College (FQM / Mato Grosso State). The objective was to analyze the structure of social representations, by students from municipal schools in São José dos Quatro Marcos City–Mato Grosso State, around of dealing with intergroup differences, built in the scholar space. As specific problem, it was settled the understanding of the correlation between intra-family experiences and violent behavior among students, occurred in that context. Students participated of semi-structured interviews, with ages between14 and 17 years old, during the first semester of 2010. The social representations captured were worked by the method of the Thematic Content Analysis, being approached nucleus of sense, around of which, gravitated imaginary about the dealing with the difference at schools. The results showed that adolescents presented an extreme difficulty with relation to acquaintanceship with others, getting in check otherness. It was emphasized the existence of fragmentation, increasingly pronounced among their colleagues in different groups, being something feared and unwanted. Discriminatory acts against members of different groups to theirs were classified as "teasing" or "joke". While these verifications, these adolescents showed up, extremely, helpless, especially within their families. It became clear the reproduction, at school, of violence suffered and/or observed in family, guiding, thus, the intergroup relations.